O Estado de S. Paulo
No 1º dia da reunião que vai decidir o rumo da Selic, houve protestos em Brasília e São Paulo
A primeira parte da reunião da nova cúpula do Banco Central que definirá o rumo dos juros brasileiros ocorreu ontem à tarde, em Brasília, enquanto protestos ocorriam em frente aos prédios da instituição na capital federal e em São Paulo. O Comitê de Política Monetária (Copom) dará hoje, seu veredito sobre a taxa básica Selic, estacionada em 14,25% desde julho do ano passado. NO mercado financeiro, a aposta unânime é de que nada mudará mais uma vez.
As manifestações em Brasília e em São Paulo, no entanto, apresentaram temas diferentes. Na capital paulista, o movimento liderado pela Força Sindical teve como mote os juros elevados do País. “A cada reunião do Copom vamos realizar protestos, porque os juros altos favorecem apenas os especuladores”, disser o presidente da entidade, o deputado federal, Paulo Pereira da Silva.
Já na frente da sede do BC, técnicos da autarquia que estão em greve desde segunda-feira da semana passada, montaram barracas para reivindicar modernização das carreiras. Segundo o Sindicato Nacional dos Técnicos do BC (SintBacen), a categoria reúne cerca de 670 profissionais e 80% desse total está de braços cruzados. Os sindicalistas temem que seja vetada a mudança de critério de acesso para o cargo de técnico do Banco Central, de nível médio para superior.
No primeiro encontro presidido por Ilan Goldfajn, que tomou posse em 13 de junho, sentaram-se ao seu lado, os novos diretores indicados por ele: Reinaldo Le Grazie, diretor de Política Monetária, à esquerda , e Carlos Viana, de Política Econômica, à direita. Ao lado de Viana, estava Tiago Berriel, diretor de Assuntos Internacionais.