A crise econômica pela qual o País atravessa traz consequências desastrosas para os trabalhadores brasileiros. Salários achatados, aposentadorias baixas, crédito caro e queda na produção e no consumo. Mas uma delas, em particular, é a que mais pune a classe trabalhadora: o desemprego.
Hoje, o número de desempregados já ultrapassou a casa dos doze milhões. E isto apenas de forma direta. Se projetarmos este número para as pessoas que dependem de cada um dos desempregados e para quem atua na informalidade, ele cresce assustadoramente.
Para combater de forma eficaz o desemprego, o primeiro passo é reduzir drasticamente a taxa de juros (Selic). A redução de 0,75% a.a. promovida pelo Copom na primeira reunião do ano, nos dias 10 e 11, foi insuficiente para reverter o quadro atual do desemprego. Foi como acertar no remédio mas errar na dosagem. E os trabalhadores não podem esperar mais!
A luta da Força Sindical contra os juros altos e o desemprego vai persistir. O governo tem de voltar seus olhos para as milhões de famílias que sofrem com a falta de amparo e de salário no final do mês. Os juros têm de cair vertiginosamente para que a indústria seja reaquecida, os investimentos retornem e os empregos ressurjam. O governo tem de oferecer um alento para aqueles que, hoje, encontram-se à margem de uma vida digna.
Paulo Pereira da Silva, Paulinho
presidente da Força Sindical