80 mil trabalhadores protestam por mais direitos e 40h, Já!

Mais de 80 mil manifestantes realizaram nesta quarta-feira, 3 de agosto, um grande ato em São Paulo pela jornada de 40h semanais e ampliação dos direitos trabalhistas e sociais no País.

Com a participação de diretores, coordenadores e assessores do Sindicato, que levaram milhares de trabalhadoras e trabalhadores metalúrgicos de diversas fábricas, de todas as regiões da cidade, o ato contou também com as presenças dos aposentados e pensionistas, movimentos sociais e outras categorias ligadas à Força Sindical e às centrais UGT, Nova Central, CTB e CGTB. 

Os manifestantes saíram do Pacaembu, passaram pela Avenida Paulista e desceram a rua Joaquim Eugênio de Lima, no Jardins, rumo ao local de encerramento do protesto na Assembleia Legislativa, no Ibirapuera.  

Miguel Torres
, presidente do Sindicato e vice-presidente da Força Sindical, afirmou que o ato foi um marco histórico para a cidade de São Paulo e representa mais uma vez a força da unidade das centrais sindicais e dos trabalhadores em defesa da pauta trabalhista.

“A classe trabalhadora precisa continuar mobilizada em seu dia a dia pela redução da jornada, sem redução salarial, que é uma mudança necessária para gerar emprego e propiciar mais qualidade de vida, e por outras bandeiras de luta como, por exemplo, uma nova legislação para a terceirização e o fim do Fator Previdenciário”.  

Miguel disse que o ato serve de recado para o Congresso Nacional votar e aprovar as propostas da classe trabalhadora e o setor patronal acatar as reivindicações das categorias em campanha salarial neste semestre. “Se os patrões tentarem não dar aumento real, vamos fazer muito barulho”.

Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, presidente da Força Sindical, diz que este ato foi uma continuidade das manifestações já realizadas em outros Estados do País para sensibilizar a sociedade, o governo e o Congresso Nacional sobre a importância de se aprovar as 40 horas e as demais reivindicações da Agenda Unitária da Classe Trabalhadora. “Devemos nos mobilizar e lutar para que nossas reivindicações sejam atendidas”, disse Paulinho.

Confira as reivindicações da Agenda Unitária da Classe Trabalhadora:

  • Jornada de trabalho de 40 horas sem redução de salários.
  • Fim do Fator Previdenciário.
  • Nova legislação para a terceirização.
  • Regulamentação da Convenção 151 da OIT, que garante a negociação coletiva para os servidores públicos.
  • Ratificação da Convenção 158 da OIT, contra as demissões imotivadas.
  • Mudança na política econômica do governo: com redução dos juros, desenvolvimento com valorização do trabalho, distribuição de renda e fortalecimento do mercado interno.
  • Reformas agrária e urbana.
  • 10% do PIB para a Educação.
  • Salário igual para trabalho igual e combate a todas as formas de discriminação e violência.
  • Pela soberania nacional e autodeterminação dos povos.
    Paulo Sérgio de Souza

    Vista aérea do Pacaembu

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Paulo Sérgio de Souza

Vista aérea da saída do Pacaembu

Jaélcio Santana

Manifestantes na Avenida Paulista