Sindicato dos Metalúrgicos de Bento Gonçalves participa de manifestações em Veranópolis contra reformas trabalhista e previdenciária

A força-tarefa que o STIMMME-BG (Sindicato dos Metalúrgicos de Bento Gonçalves/RS) tem realizado para alertar os trabalhadores da categoria quanto à periculosidade das reformas Previdenciária e Trabalhista, propostas pelo governo Federal, teve mais uma etapa no dia 1º de março.

Diretores do Sindicato participaram de uma manifestação em audiência pública, na cidade de Veranópolis, acompanhados por lideranças municipais e políticas, entre elas o Deputado Federal Pepe Vergas. Cerca de 300 pessoas assistiram aos debates. Em pauta, a sensibilização para que os cidadãos protestem contra essas medidas – em desacordo aos direitos conquistados pelos profissionais de todos os segmentos.

Alerta sobre prejuízos das reformas trabalhista e previdenciária

Direitos legalmente conquistados pela classe trabalhadora estão sendo seriamente ameaçados pela proposta das reformas Previdenciária e Trabalhista sugerida pelo Governo – e cabe à sociedade mobilizar-se para impedir que tal retrocesso se concretize. Esse é o alerta que Elvio de Lima, presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Bento Gonçalves e da Federação dos Trabalhadores Metalúrgicos, Mecânicos, Material Elétrico, Eletrônico, Implementos Agrícolas do Estado do Rio Grande do Sul, tem compartilhado com a categoria.

“Querem tirar direitos do cidadão que foram conquistados ainda em 1940 pelas leis trabalhistas de Getúlio Vargas. É inadmissível aceitarmos que o trabalhador seja lesado e tenha seus benefícios subtraídos para pagar a conta da má-gestão pública do país”, disse. Uma das principais críticas é contra a reforma Previdenciária que, entre outros termos, aumenta para 65 anos a idade mínima para aposentadoria e acrescenta dez anos ao período de contribuição – 25 anos, no total. “Nossa realidade de mercado não condiz com essa proposta. No segmento metalmecânico, por exemplo, as atividades de chão de fábrica requerem trabalhadores entre 28 e 35 anos, na média. Onde é que as pessoas vão atuar até completarem 65 anos?” questiona.

Outra proposta que claramente prejudica os profissionais – independentemente da categoria a qual pertençam – é a reforma trabalhista. Se aprovada, a medida supre diversos direitos conquistados e que garantem aos profissionais condições justas de remuneração e para o exercício de suas atividades. “Todos sofreremos os prejuízos da aprovação dessa reforma. Está na hora de exigirmos de nossos representantes federais um posicionamento claro em favor da sociedade, tomando as ruas e manifestando publicamente nosso repúdio a esse movimento do governo”, diz Elvio de Lima. Ambas reformas estão em fase de análise, com intenção de votação ainda no primeiro semestre desse ano.

Viviane Somacal
Exata Comunicação

www.exatacomunica.com.br