Miguel Torres participa do 8º Congresso da Força Paraná e defende acampar em Brasília

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A Força Sindical do Paraná realizou hoje (5), em Matinhos/PR, o seu 8º Congresso Estadual, com presença de dirigentes dos 105 sindicatos e federações filiado, representando cerca de 1 milhão de trabalhadores, que traçaram os rumos da entidade pelos próximos quatro anos e as ações de resistência contra as reformas da Previdência e trabalhista do governo.

O evento foi coordenado por Sérgio Butka, presidente da Força Paraná, que foi reeleito, e contou com a participação de Miguel Torres, presidente da CNTM e do Sindicato e vice-presidente da Força Sindical, do diretor metalúrgico Josias; do secretário-geral da Força, Juruna, entre outros dirigentes da Força nacional.

Miguel parabenizou a Força Paraná pela luta dos últimos quatro anos, anos em que, segundo ele, começaram a complicar a vida dos trabalhadores e atingir os que mais precisam, citando as MP 664 e 665, que restringiram a pensão por morte, o seguro-desemprego, o abono do PIS, e cuja situação está muito pior hoje.

Miguel disse que o Brasil não está só numa crise econômica, política, ética e moral, mas numa crise estrutural. “Setores conservadores da sociedade estão aproveitando para acabar com os direitos dos trabalhadores. Isso foi pensado há muito tempo. O que eles chamam de modernização é impor goela abaixo medidas que acabam não só com os direitos trabalhadores como com os sindicatos e com o direito de representação sindical. Estão fazendo tudo o que querem para por fim aos direitos dos trabalhadores num momento de fragilidade social”, afirmou.

“O momento é de resistência”, continuou, “de aumentar a pressão. A população apoiou a greve do dia 28 de abril no Brasil todo, mostrou que não aceita estas reformas e está exigindo que a gente vá para Brasília, que tome Brasília e faça aqueles deputados e senadores respeitarem os trabalhadores. Está em nossas mãos essa resistência para derrotar essas reformas que estão aí”, enfatizou.

Miguel Torres lembrou que as centrais aprovaram um calendário de lutas contra as reformas e que a CNTM  vai participar e fortalecer o movimento.

Juruna destacou a unidade das centrais sindicais na luta, pontuou itens da reforma trabalhista que prejudicam os trabalhadores, como os comitês de empresa, sem a participação dos sindicatos, o negociado sobre o legislado, e disse que “será preciso valorizar cada vez mais, em todas as categorias, o papel das federações e confederações como instrumento de pressão e negociação.”

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Nelsão, Miguel e Butka

Depois dos debates, houve a eleição e a posse da direção estadual, executiva estadual, conselho fiscais e respectivos suplentes da Força Sindical Paraná, para um mandato de quatro anos, e eleição dos delegados representantes da Força Sindical Paraná para o 8º Congresso Nacional da Força Sindical, que será realizado de 12 e 14 de junho de 2017, no município de Praia Grande – SP.

O diretor Josias, do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, acompanhou Miguel Torres neste evento.

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Josias, Miguel e Clemente (Dieese)

Saiba mais no site da Força Paraná: www.fsindical.com.br