Assembleia regional Zona Leste: Trabalhadores aprovam lutar pelos direitos

fotos Paulo Segura

A sexta e última assembleia de mobilização e resistências às reformas que tiram direitos foi realizada na tarde desta sexta-feira com trabalhadores da zona leste da capital. O evento foi realizado no auditório da Casa do Cristo Redentor, em Itaquera.

A exemplo das assembleias anteriores, os trabalhadores aprovaram a proposta do Sindicato de lutar contra a nova legislação trabalhista, que tira direitos e benefícios, impede a representação sindical, dificulta o acesso à Justiça do Trabalho e dá aos patrões todo poder de negociação.

O presidente do Sindicato, Miguel Torres, que comandou a assembleia, ao lado do secretário-geral Arakém, de toda a diretoria e assessoria, presentes na assembleia, explicou os efeitos da reforma trabalhista e o que vai acontecer a partir de novembro, quando a nova legislação entrará em vigor.

“As mudanças aprovadas no Congresso permitem transformar os trabalhadores em PJ (pessoa jurídica). O trabalhador vai ter que abrir uma empresa no nome dele, prestar serviço e receber mediante nota fiscal. Aí você esquece férias, 13º e os demais direitos que, hoje, agregam ao salário”, explicou.

Miguel informou que a nova legislação reduz o poder da representação sindical, praticamente impede o trabalhador de recorrer à Justiça para cobrar algum direito, permite negociação do banco de horas de forma individual, autoriza a rescisão do contrato de trabalho de comum acordo com o trabalhador recebendo metade do que teria direito.

“Estamos nessa jornada de debate com a categoria, luta e resistência para conscientizar e trazer para a luta. Vamos fazer nossa campanha salarial e temos que pensar que temos que reagir e garantir a renovação da convenção coletiva com todos os direitos já conquistados. É preciso mobilização e unidade”, afirmou.

A mobilização para a assembleia foi feita pelos diretores Donizeti, Emerson, Rodrigo, Uélio e Yara e assessorias.