Com o aumento da expectativa de vida, temos atualmente mais idosos ativos no mercado de trabalho. Alguns serviços exigem movimentos repetitivos por longos períodos em uma única posição, como dirigir ou costurar. Mas para muitas pessoas, ficar sentado por mais de oito horas pode causar dores e lesões que são agravadas durante a velhice.
Milton Paes
Hoje é o dia Mundial de Combate a LER/DORT. A data foi escolhida pela Organização Internacional do Trabalho para conscientizar a população sobre os distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho (DORT), que incluem as lesões por esforços repetitivos (LER).
A síndrome agrupa diversas doenças como tendinite, bursite, síndrome do desfiladeiro torácico e outras que são causadas por movimentos repetitivos. A LER gera dor e inflamação nos músculos, ligamentos, nervos e tendões, que pode ser acompanhados de paralisia, sensação de peso e fadiga.
De acordo com a médica responsável pelos idosos do Lar dos Velhinhos, em Campinas (SP), Bárbara Pereira Braga, o diagnóstico precoce ajuda a combater as dores e aumenta o sucesso no tratamento. “Além de medicações como analgésicos, anti-inflamatórios e medicações para dor crônica, o tratamento pode envolver, entre outras ações, a mudança de função ou afastamento temporário do trabalhador, durante o processo de reabilitação. Os pacientes devem ser inseridos em programas multiprofissionais, com fisioterapia, terapia ocupacional e apoio em saúde mental. Em raros casos, o tratamento cirúrgico pode ser indicado”, aponta a médica.
A fim de diminuir os casos de lesões e doenças entre os idosos relacionados ao esforço repetitivo, o Lar dos Velhinhos oferece alternativas como ginástica para melhorar a coordenação motora, alongamento e musculação que ajudam a prevenir as dores no corpo além de combater o estresse.