Por Cristiane Alves | 12 jun 2018
É a força da unidade e da organização dos trabalhadores junto ao Sindicato que vai nos fazer resistir e superar a atual conjuntura de ataques a direitos, os quais afetam todos os setores da vida dos trabalhadores, inclusive sua saúde e segurança. Esse foi o recado principal da discussão realizada no 39º Ciclo de Debates, na quinta-feira, 7, na sede.
“Nós precisamos começar a reagir contra a perda de direitos, fazer denúncia, cobrar politicamente. Vamos fazer greve geral, parar o país”, defendeu o advogado especialista em direito previdenciário, Antonio Rebouças.
Ele foi um dos palestrantes que passaram nas 39 edições do Ciclo presentes no debate deste ano, que também contou com a presença dos médicos e pesquisadores Koshiro Otani, Paulo Moura, Maria Maeno e Arline Arcuri, da Fundacentro, e Margarida Barreto. Além de Sérgio Gomes, jornalista da Oboré, e de Mirela Mansi, do Cerest (Centro de Referência em Saúde do Trabalhador).
Otani foi um dos que destacaram os prejuízos da reforma trabalhista, que faz com que o Brasil volte a um tempo em que não havia garantias. “O Brasil voltou ao século XIX com essa questão da [prevalência] do negociado sobre o legislado”, afirmou.
História de luta – Com auditório repleto de trabalhadores de diferentes fábricas e também de ativistas da luta pela saúde e segurança, o Ciclo deste ano foi um momento de reforçar o valor da luta. Para isso, o Sindicato organizou uma exposição com reportagens, documentos e fotografias que contam a nossa história de luta pela saúde e segurança. “É uma história de luta contra o desleixo de empresários com o funcionário”, avaliou Antonio Geraldo Bonifácio, ex-metalúrgico da Delphi.
História que resultou em cláusulas fundamentais da nossa convenção coletiva, lutas contra o mercúrio e o amianto, melhoria nas condições de trabalho nas metalúrgicas.