30 mil trabalhadores e aposentados comparecem no ato por mudanças na reforma da Previdência

No ato por mudanças na reforma da Previdência realizado ontem, 25 de janeiro, pelo Sindicato Nacional dos Aposentados (Sindnapi) e pela Força Sindical, 30 mil trabalhadores e aposentados presentes aprovaram, em votação, as alterações na proposta do governo feitas pelo deputado Paulo Pereira da Silva, Paulinho, presidente da Força Sindical. Entre elas estão o estabelecimento da aposentadoria para os homens aos 60 anos e para as mulheres, 58 anos. O projeto enviado pelo governo ao Congresso Nacional fixa aposentadoria aos 65 anos para homens e mulheres.
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Paulinho explicou aos trabalhadores que a Central e o Sindnapi querem garantir a transição justa para todos os que estão para se aposentar e que não se pode desvincular o valor da pensão do valor do salário mínimo. “Queremos uma Previdência justa e sem privilégios”, disse.
A emenda contendo estas mudanças serão apresentadas por Paulinho, que também é deputado pelo Solidariedade-SP, e pelos deputados Arnaldo Faria de Sá (PTB), Adalberto Galvão (PSB), Rogério Rosso (PSD), no dia 20 de fevereiro, segundo Paulinho. Ele recebeu os parabéns pelo seu aniversário hoje.
O secretário-geral da Força, Juruna, lembrou que a unidade das categorias fortalece a luta. “Hoje demonstramos o nosso repúdio diante de uma perversa proposta de reforma apresentada pelo governo, e a nossa força para revertermos este quadro”, disse.
Na manifestação, o presidente do Sindinapi, Carlos Andreu Ortiz, também diretor licenciado do Sindicato dos Metalúrgicos de SP, disse que os trabalhadores não podem deixar que o governo retire os seus direitos. Já o deputado Arnaldo Faria de Sá destacou a necessidade de garantir a aposentadoria dos trabalhadores rurais.
“Os trabalhadores da ativa também precisam intensificar a mobilização junto com os aposentados. Para isso, na terça-feira, os metalúrgicos realizaram 70 assembleias na capital paulista”, ressaltou Miguel Torres, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes, que criticou os projetos de reforma do governo que visam apenas tirar direitos trabalhistas e dificultar a aposentadoria.
O secretário-geral  da  UIL Pensionati , Romano  Bellíssima, se solidarizou com os trabalhadores brasileiros para protestar contras injustiças que estão sofrendo.
João Batista Inocentini, presidente licenciado do Sindnapi, disse que sempre foi a favor de uma reforma para valer na Previdência, ou seja, tratamento justo para todos os trabalhadores brasileiros, que acabe com o privilégio de algumas categorias e setores.
Eunice Cabral, presidente do Sindicato das Costureiras de São Paulo e Osasco, também defendeu cortar privilégios, por exemplo,  filhos (as) de militares recebem pensão até a morte.
A secretária nacional da Mulher da Força Sindical, Maria Auxiliadora dos Santos, declarou que hoje as mulheres já são prejudicadas porque ganham salário menor. A proposta da reforma do governo prejudica mais ainda.
O presidente da Cobap, Warley Gonçalles, alertou que os trabalhadores não podem deixar que a reforma prejudique suas vidas.
Sérgio Luiz Leite, Serginho, 1º secretário da Força, afirmou que os trabalhadores devem se unir para barrar as mudanças que os prejudicam.
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Alimentação de SP, Carlos Vicente de Oliveira, perguntou se os jovens vão conseguir se aposentar se a reforma do governo for aprovada.
Por todas estas dificuldades apontadas pelos sindicalistas, o presidente da Força São Paulo, Danilo Pereira da Silva, recomendou a união dos aposentados e trabalhadores da ativa para barrar as mudanças que os prejudicam.
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