Acordo entre Centrais e governador Alckmin reajusta pisos regionais

Os pisos salariais no Estado de São Paulo terão aumentos entre 10% e 11,7% a partir de 1º de janeiro de 2015, conforme acordo feito entre os presidentes das Centrais Sindicais e o governador Geraldo Alckmin. A primeira reunião foi realizada no dia 24 deste mês.

Durante o encontro, o governador solicitou das Centrais uma proposta de consenso de aumento para o piso mínimo paulista.

Segundo o governador Geraldo Alckmin, apesar das dificuldades econômicas anunciadas para o próximo ano, “o Estado de São Paulo, junto com as Centrais Sindicais, têm conseguido negociar aumentos, para determinadas categorias, acima da inflação, e quem sai ganhando são os trabalhadores e a economia local com a maior circulação de dinheiro”.

“O fato de o aumento passar a vigorar em janeiro faz parte de uma demanda das Centrais aceita pelo governador – antes isso ocorria só em maio. Estamos satisfeitos com o acordo, já que o aumento conquistado é superior à inflação do período. Também destaco a redução de três para duas faixas de categorias de trabalhadores”, declarou Danilo Pereira da Silva, presidente da Força Sindical-SP.

O que muda e os reajustes

Ficou acertado que o Estado reduzirá de três para duas faixas salariais o piso regional, e que o piso, reajustado todo ano, terá como base de cálculo a inflação, PIB (Produto Interno Bruto) e variação do valor da cesta básica. Com esta nova fórmula de cálculo e distribuição das categorias profissionais, a primeira faixa passará dos atuais R$ 810,00 para R$ 905,00; e a segunda passará de R$ 835,00 para R$ 920,00. O Piso Salarial Regional do Estado é voltado para trabalhadores da iniciativa privada que não possuem piso salarial definido por lei federal, convenção ou acordo coletivo de trabalho. O aumento deve beneficiar cerca de 7 milhões de trabalhadores em SP.

Faixas Salariais

1ª faixa – R$ 905,00 – Trabalhadores domésticos, serventes, agropecuários e florestais, pescadores, contínuos, mensageiros, de serviços de limpeza e conservação, de serviços de manutenção de áreas verdes e de logradouros públicos, auxiliares de serviços gerais de escritório, empregados não-especializados do comércio, da indústria e de serviços administrativos, cumins, barboys, lavadeiros, ascensoristas, motoboys, de movimentação e manipulação de mercadorias e materiais e trabalhadores não-especializados de minas e pedreiras.

2ª faixa – R$ 920,00 – Trabalhadores operadores de máquinas e implementos agrícolas e florestais, de máquinas da construção civil, de mineração e de cortar e lavrar madeira, classificadores de correspondência e carteiros, tintureiros, barbeiros, cabeleireiros, manicures e pedicures, dedetizadores, vendedores, de costura e estofadores, pedreiros, de preparação de alimentos e bebidas, de fabricação e confecção de papel e papelão, em serviços de proteção e segurança pessoal e patrimonial, de serviços de turismo e hospedagem, garçons, cobradores de transportes coletivos, barmen, pintores, encanadores, soldadores, chapeadores, montadores de estruturas metálicas, vidreiros e ceramistas, fiandeiros, tecelões, tingidores, de curtimento, joalheiros, ourives, operadores de máquinas de escritório, datilógrafos, digitadores, telefonistas, operadores de telefone e de telemarketing, atendentes e comissários de serviços de transporte de passageiros, de redes de energia e de telecomunicações, mestres e contramestres, marceneiros, em usinagem de metais, ajustadores mecânicos, montadores de máquinas, operadores de instalações de processamento químico e supervisores de produção e manutenção industrial, administradores agropecuários e florestais, de serviços de higiene e saúde, chefes de serviços de transportes e de comunicações, supervisores de compras e de vendas, agentes técnicos em vendas e representantes comerciais, operadores de estação de rádio e de estação de televisão, de equipamentos de sonorização e de projeção cinematográfica e técnicos em eletrônica.