Durante um encontro com sindicalistas de várias categorias na sede da Força Sindical, nesta quinta-feira (21), o pré-candidato à Presidência da República pelo Solidariedade, Aldo Rebelo, disse que “é muito difícil falar em democracia quando temos crianças estudando em escolas de R$ 15 mil (mensalidade) e crianças em salas sem luz nem água” nos confins do Brasil.
“Se quer falar de democracia cuida de dar educação de qualidade para cuidar do futuro dessas crianças”, completou, acrescentando que faria muitas escolas técnicas com internato, uma forma de tirar as crianças e adolescentes das ruas e educar.
Aldo Rebelo foi o segundo presidenciável a participar da iniciativa da Força Sindical, de convidar os presidenciáveis para expor suas propostas de governo, principalmente em relação ao mundo do trabalho.
Ele foi recebido pelo presidente interino da Força, Miguel Tores, também presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi e da CNTM, pelo secretário-geral, João Carlos Gonçalves, o Juruna, e dirigentes de várias categorias, entre eles, diretores(as) e assessores(as) do Sindicato dos Metalúrgicos.
Situação do Brasil
Durante o encontro Aldo falou sobre as dificuldades que todos os governos vêm passando e que o Brasil está mergulhado em uma crise que parece atingir todos os segmentos, “crise de empregos, fiscal, tributária, segurança pública, educação, infraestrutura e Previdência”.
Na avaliação do candidato, o Brasil só vai conseguir superar todas essas crises quando retomar o caminho de crescimento econômico. “Sem o crescimento da atividade econômica o dinheiro desaparece, e sem dinheiro não se chega a lugar algum.”
Quanto às reformas, Aldo destacou que nenhuma delas atende às necessidades de ninguém, “a não ser de uns poucos”.
No final da sua apresentação, Aldo respondeu a várias perguntas dos dirigentes, entre elas, sobre as reformas trabalhista, da Previdência e imposto sindical.
Em relação às reformas, Aldo disse que o primeiro critério é não excluir ninguém dos debates, “porque isso divide o País”. O segundo é pensar: reforma pra quê? Se for pra beneficiar um único segmento, “não nos interessa. Reforma tem que ter como denominador comum, fazer o País crescer, criar empregos e reduzir as desigualdades. Se for por isso, tem que fazer”, afirmou.
Em relação ao movimento sindical, o candidato defendeu que “tem que dar os mesmos meios para as partes participarem do jogo” e citou como exemplo uma federação do setor industrial, que usa recursos do Sistema S para realizar seus programas.
Para Aldo, o Brasil tem que retomar o caminho desenvolvimentista e seu crescimento econômico, ter políticas voltadas à educação, à saúde, ao retorno dos investimentos no setor produtivo, geração de empregos, dos trabalhadores e de seus direitos, da indústria, do agronegócio, da infraestrutura, dos rios, das florestas, dos nossos minérios.
Agenda Prioritária e eleições
No final do encontro, Miguel Torres endossou as palavras de Aldo sobre proteger nossas riquezas, e reforçou que os trabalhadores e os empregos são riquezas do nosso País. Lembrou da “Agenda Prioritária da Classe Trabalhadora, elaborada pelas centrais sindicais e o Dieese, com 22 propostas que representam um caminho para sairmos da crise. “Se não tiver desenvolvimento não vai ter emprego nem salário”.
Miguel disse, ainda, que “este ano temos a chance de mudar a situação votando em candidatos que representem a classe trabalhadora e fortalecer a representação sindical no Congresso e não deixar reeleger os que votaram contra nós”.
fotos: Jaélcio Santana