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Dirigentes sindicais se reúnem hoje, às 15 horas, em Santos, para buscar medidas que alivem o caos projetado por decisão da siderúrgica; após desligar um auto-forno em maio, companhia instalada em Cubatão anunciou encerramento de atividades do segundo auto-forno até o final do ano; informação oficial projeta 4 mil demissões nos próximos quatro meses;
“Precisamos de um plano bem abrangente, capaz de absorver o impacto negativo que essas demissões terão em toda a região”, disse ao BR: Herbert Passos, presidente da central Força Sindical na Baixada Santista; “A crise na Usiminas é decorrência direta de um ajuste fiscal contraditório, que impõe a redução da atividade econômica em nome de salvar a economia”
Com sede em Cubatão, na Baixada Santista, a Usiminas expediu comunicado informando que, nos próximos quatro meses, pretende demitir 4 mil trabalhadores, em razão do desligamento de seu segundo auto-forno. A crise de produção na companhia está diretamente associada ao desaquecimento na economia provocado pelo ajuste fiscal praticado pelo governo. A estimativa é de que as demissões na empresa tenham um impacto negativo sobre 40 mil empregos indiretos nas região.
“O movimento sindical tem de liderar neste momento um plano abrangente que seja capaz de amenizar o caos projetado no mercado de trabalho de toda a região”, disse ao BR: o presidente da central Força Sindical na Baixada Santista, Herbert Passos. “Precisamos de união e ideias para encontrar alternativas que deem algum alento aos trabalhadores e reduzam os efeitos nocivos dessas demissões”. Para ele, o governo do Estado e as prefeituras da Baixada têm de fazer parte do esforço para reempregar os trabalhadores que serão demitidos.
Dirigentes de todas as centrais sindicais foram convocadas para debater alternativas nesta terça-feira 3, às 15h00.
Atualmente, a Usiminas emprega 4,2 mil metalúrgicos e 5 mil trabalhadores do setor de construção civil. A intenção da companhia é o de manter apenas serviços portuários e de manutenção em sua unidade de Cubatão. Fundada em 1959, a planta siderúrgica nasceu como Cosipa – Companhia Siderúrgica Paulista – e foi privatizada.