Publicado no Diário de S. Paulo desta 2ª feira, 27 de março
As propostas de reformas da Previdência e trabalhista apresentadas pelo governo, somadas à terceirização que o governo quer implantar na base do “doa a quem doer”, continuam agitando o movimento sindical do País.
Na última 6ª feira, dia 24, uma reunião extraordinária do Conselho Nacional da Força Sindical para, foi realizada justamente discutir esses temas, que tanta polêmica vem causando no mundo do trabalho, e discutir as ações a serem tomadas para que os direitos dos trabalhadores brasileiros sejam respeitados.
Durante a reunião, foi indicado o dia 28 de abril como um “Dia Nacional de Greves e Paralisações”, para demonstrar ao governo toda a nossa insatisfação com as referidas reformas e, ao mesmo tempo, sensibilizar os parlamentares para que apoiem nossa causa. Hoje, dia 27, as centrais sindicais vão estar reunidas para viabilizar ações conjuntas de protesto, por todo País, contra esta arbitrariedade que o governo quer impingir sobre os trabalhadores.
Outro assunto em pauta na reunião foi a possibilidade de, em meados de maio, uma “Marcha a Brasília” ser realizada para que os manifestantes externem suas preocupações na Capital Federal e convençam deputados e senadores a abraçarem nossos anseios. Cada instância estadual da Força Sindical deverá visitar parlamentares de seus Estados para que os textos originais das reformas pretendidas não sejam aprovados na íntegra, mas sim com modificações oriundas dos trabalhadores.
Quanto à Terceirização, estamos estudando a possibilidade de recorrer à Justiça alegando inconstitucionalidade. Outro ponto é mobilizar os trabalhadores para obtermos o respaldo necessário para negociar os vetos.
A Força Sindical sempre pautou suas ações na negociação em bons termos, mas diante do quadro atual, de instabilidade econômica, desemprego e com a ameaça da supressão de direitos históricos dos trabalhadores, temos de intensificar nossa luta e defender os interesses da classe trabalhadora, que, por sua vez, mantém um convívio cada vez maior com a insegurança e a incerteza do futuro.
Paulo Pereira da Silva – Paulinho
Presidente da Força Sindical e deputado federal