Sindicalistas da Força Sindical e demais centrais fizeram nesta quarta, 25, em frente o Banco Central, em São Paulo, um protesto contra os juros altos. Ainda hoje o Cômite de Política Monetária do Banco Central (Copom) vai anunciar a nova taxa selic, atualmente em 14,25%
Jorge Carlos Morais, Arakém, secretário-geral do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes, afirmou que o ato mostra a indignação dos trabalhadores contra os juros altos e o desemprego, com o País andando em marcha ré.
“O País precisa de uma política econômica que leve em conta a distribuição de renda”, declarou hoje (dia 25), o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, Juruna, ao encerrar o ato das centrais sindicais realizado em frente o Banco Central, em São Paulo, contra os juros altos.
“Somos pelo emprego, contra a recessão”, diz Juruna, destacando que hoje o País enfrenta recessão, desemprego, juros altos, as empresas concedendo férias coletivas, demitindo e fechando suas portas. Para Juruna é preciso mudar a política econômica e estimular os investimentos, a produção e o consumo.
José Braz Fofão, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André, ressaltou que o Copom precisa baixar os juros para que o os investimentos sejam direcionados para a produção. “Hoje estamos passando por um dos períodos mais difíceis da nossa história, com demissão em massa no ABC, em São Paulo e várias cidades do País”, ressaltou.
Já Josinaldo José de Barros, Cabeça, vice-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Guarulhos, repudiou a atual política econômica que está errada e acaba com o emprego e a produção.
“Vemos diariamente na periferia, trabalhadores de cabeça baixa procurando emprego. Só lembro desta situação na década de 80”, afirmou Roberto Sargento, diretor do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes.