MOÇÃO DE APOIO À LUTA DOS TRABALHADORES DA COLÔMBIA
O governo de Iván Duque apresentou ao parlamento colombiano uma proposta de reforma tributária que visa arrecadar 26 bilhões de pesos, aumentando o imposto sobre o valor agregado (IVA) sobre alimentos básicos, aumentando a alíquota do imposto sobre o salário d@s trabalhador@s, entre outras medidas que jogam sobre as costas do povo pobre a conta a e a responsabilidade da crise econômica criada pelo próprio governo, enquanto aumenta o desemprego, os índices de pobreza e o assassinato de lutadores sociais, em meio a um aumento flagrante da corrupção.
Diante dessas medidas, as centrais operárias convocaram um dia nacional de protesto denominado Greve Nacional para o dia 28 de abril, que mostrou com suas grandes mobilizações a indignação contra o governo e por isso vem se espalhando para os principais centros urbanos do país, tornando-se a prática em um dia indefinido de luta.
Em Cali, onde o protesto tem sido mais forte, o governo e o prefeito deram ordem para reprimir o protesto social, após um aviso do ex-presidente Uribe solicitando “o direito de policiais e soldados ao uso de armas”.
Como resultado, cerca de 35 pessoas foram mortas em Cali, Ibagué e Bogotá, mais de 400 pessoas foram presas, mais de 150 pessoas feridas por balas de órgãos de segurança do Estado e 6 jovens perderam um dos olhos, copiando o que a polícia chilena genocida
faz. Além disso, foi dada ordem para militarizar os grandes centros urbanos, para tentar impor com sangue e fogo suas políticas antipopulares. Há 3 anos, desde que Duque assumiu a presidência, mais de 1.000 lutadores sociais foram assassinados.
Todo esse massacre ocorre quando as agências de investigação do estado, como o Ministério Público, continuam a realizar investigações exaustivas que permanecem na mais flagrante impunidade.
Os abaixo-assinados repudiam a repressão brutal na Colômbia, assim como os ataques do governo de Iván Duque e do parlamento com sua proposta de reforma tributária.
• Não à repressão! Pela imediata libertação dos presos políticos! Lutar é um direito!
Assinam as Centrais Sindicais brasileiras:
Sergio Nobre, presidente da CUT (Central única dos Trabalhadores)
Miguel Torres, presidente da Força Sindical
Ricardo Patah, presidente da UGT (União Geral dos Trabalhadores)
Adilson Araújo, presidente da CTB (Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil)
José Reginaldo Inácio, presidente da NCST (Nova Central de Sindical de Trabalhadores)
Antonio Neto, presidente da CSB (Central de Sindicatos do Brasil)
Atnagoras Lopes, secretário nacional da CSP CONLUTAS
Edson Carneiro Índio, secretário geral da Intersindical Central da Classe Trabalhadora
Ubirací Dantas de Oliveira, pres. da CGTB (Central Geral dos Trabalhadores do Brasil)
José Gozze, presidente da Pública, Central dos Servidores
Mané Melato – Intersindical instrumento de Luta