As mudanças no mercado de trabalho, ao menos no universo pesquisado pelo IBGE, mostram crescimento na participação de trabalhadores negros, de mulheres, pessoas acima de 50 anos e com mais escolaridade. Com redução ante 2003, ainda predominam os trabalhadores homens e brancos, com grande concentração de pessoas de 25 a 49 anos.
Os homens, que em 2003 representavam 57% da força de trabalho nas seis regiões metropolitanas pesquisadas pelo instituto, hoje são 54,4% dos ocupados, ou aproximadamente 12,5 milhões. As mulheres passaram de 43% para 45,5% (10,5 milhões). Em números absolutos, a população masculina no mercado cresceu 18,3% e a feminina, 31,5%.
Os trabalhadores de cor branca foram de 58,1% dos ocupados, em 2003, para 52,8% no ano passado. Os pretos e pardos, na classificação do IBGE, passaram de 41,1% para 46,2%. No primeiro caso, o crescimento foi de 12,8%, para 12,1 milhões, e no segundo, de 39,7%, para 10,6 milhões.
Na divisão por faixa etária, 62,1% dos ocupados têm de 25 a 49 anos – eram 63,8% em 2003. Entre trabalhadores de 18 a 24 anos, a participação também caiu, de 16,8% para 13,7%. A única a registrar alta foi dos ocupados com 50 anos ou mais, que foram de 16,7% para 22,5%.
Em relação à escolaridade, continua crescendo a participação de pessoas com 11 anos ou mais de estudo, que hoje respondem por 62,2% dos ocupados, ante 46,7% em 2003. O percentual chega a 65,5% em Salvador e 64% em São Paulo. Já a população com menos de oito anos de estudo diminui: de um a três anos, de 6,3% para 3,2% e de quatro a sete, de 24,7% para 16,6%.