Auxílio emergencial vinculado à carteira verde-amarela é passa-moleque no trabalhador

 

O governo Bolsonaro estuda reeditar o auxílio emergencial, mas desta vez de apenas R$ 200 e atrelado à aceitação, pelo beneficiário, da malfadada carteira verde-amarela, idealizado para retirar ainda mais direitos dos trabalhadores e ampliar o contingente de milhões de trabalhadores informais.

O programa da tal carteira verde-amarela não só não resolve a enorme demanda social por apoio econômico do governo federal aos trabalhadores desempregados e autônomos nesse momento de acirramento da pandemia, como tenta recolocar na ordem do dia o tema do esfacelamento da legislação trabalhista.

Atrelar este programa, que sequer foi aprovado pelo Congresso Nacional, ao “Bônus de Inclusão Produtiva”, nome dado ao novo auxílio emergencial, de valor e público reduzido (estima-se que as despesas da União com o tal do BIP seriam da ordem de R$ 6 bilhões por parcela, contra cerca de R$ 50 bilhões gastos por parcela com o auxílio emergencial de 600 reais em 2020), é somente mais um passa-moleque que o governo Bolsonaro quer dar nos trabalhadores.

A Força Sindical repudia mais esta jogada nefasta do governo Bolsonaro. Junto com as demais centrais sindicais e com os sindicatos faremos o possível para que a volta do auxílio emergencial de R$ 600 seja aprovada, sem a retirada de nenhum direito.

 

São Paulo, 8 de fevereiro de 2021.

 

Miguel Torres

Presidente da Força Sindical