Bancários de todo o país devem se reunir nesta quarta-feira para avaliar a nova proposta dos bancos para encerrar a greve da categoria, que já completou duas semanas. O Comando Nacional dos Bancários informou que a orientação geral é para que a nova oferta seja aceita pelos trabalhadores, com suspensão da greve e volta ao trabalho amanhã.
Na segunda-feira, a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) apresentou uma nova proposta às entidades sindicais, que inclui um reajuste de 7,5% –o que representa aumento de 3,1% acima da inflação- para quem ganha até R$ 5.250.
Para salários superiores a esse patamar, a proposta prevê um fixo de R$ 393,75 ou reajuste de 4,29%, equivalente à inflação do período –o que for maior. Anteriormente, eram 6,5% de reajuste para quem ganha até R$ 4.100 e um valor fixo de R$ 266,50 para os demais.
Os novos pisos salariais, se a proposta da Fenaban for aceita, vão de R$ 748,59 para R$ 870,84 na portaria e de R$ 1.074,46 para R$ 1.250,00 para escritório e caixa. A proposta também melhora a PLR (Participação nos Lucros e Resultados) para 90% do salário mais R$ 1.100,80, limitado ao teto de R$ 7.181.
Segundo o Comando Nacional dos Bancários, a paralisação chegou a atingir 8.280 agências distribuídas por todo o país. Em São Paulo, 667 agências fecharam na capital e em mais 16 municípios, segundo a categoria. O balanço desta segunda-feira ainda não foi divulgado. A Fenaban não divulgou balanços próprios sobre o alcance desta greve.