O Brasil registrou a abertura de 58.836 vagas de trabalho com carteira assinada em maio. É o menor número para o mês desde 1992, quando foram gerados 21.533 de postos de trabalho. Em abril, haviam sido criados 105.384 postos com carteira assinada, sem ajustes.
Os dados são do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), e foram divulgados pelo Ministério do Trabalho nesta terça-feira (24).
A principal influência negativa em maio foi a demissão de quase 30 mil trabalhadores da indústria de transformação. “Não esperávamos essa queda no setor industrial”, afirmou o ministro do Trabalho, Manoel Dias.
O total de admissões no mês passado foi de 1.849.591 e o de desligamentos atingiu 1.790.755 postos.
Os dados estão sem ajuste, ou seja, não consideram as informações entregues pelas empresas fora do prazo.
5 milhões de vagas durante gestão de Dilma
No acumulado do ano, foram abertos 543.231 postos de trabalho.
A contar desde janeiro de 2011, início do governo da presidente Dilma Rousseff, foram 5,052 milhões de empregos gerados. O mercado de trabalho é uma das âncoras do governo.
A criação de novas vagas tem mostrado sinais de perda de dinamismo nos últimos meses. Mesmo assim, a taxa de desemprego no país continua em níveis baixos, em parte por conta da menor procura por vagas de trabalho.
Segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a taxa de desemprego no país ficou em 4,9% em abril, a menor para meses de abril na série histórica iniciada em 2002.
No primeiro trimestre, a taxa de desocupação foi de 7,1%, também segundo o IBGE.
Governo diz que pode rever números previstos para este ano
O ministro do Trabalho previu em janeiro a geração de até 1,5 milhão de postos de trabalho esse ano. Ao divulgar os resultados de abril, no entanto, afirmou que o governo poderia reavaliar essa projeção.
“Pode ser 1,5 milhão ou 1,4 milhão, vamos reavaliando. Mas mantemos a projeção”, disse na ocasião.
(Com Reuters e Valor)