A organização sindical reúne as maiores federações internacionais de trabalhadores na indústria; Edson Dias Bicalho será um dos organizadores
O Brasil vai sediar, pela primeira vez, um congresso mundial da IndustriALL Global Union, organização sindical internacional fundada em 2012 e que congrega trabalhadores metalúrgicos, químicos e têxteis de todo o mundo, representando aproximadamente 50 milhões de pessoas. O Comitê Executivo da entidade, que está reunido em Tunes, na Tunísia, deliberou que o II Congresso Mundial de IndustriALL será realizado de 3 a 7 de outubro de 2016, no Rio de Janeiro. Edson Dias Bicalho, presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Químicas de Bauru e Região, secretário-geral da Federação dos Trabalhadores nas Indústrias Químicas e Farmacêuticas do Estado de São Paulo (Fequimfar), secretário de Relações Sindicais da Força Sindical para a América Latina e Mercosul e membro da diretoria da IndustriALL, integra a comissão que vai organizar o evento no Brasil.
Bicalho está participando da reunião da IndustriALL em Tunes, juntamente com Eunice Cabral, presidente do Sindicato das Costureiras de SP e Osasco, ambos representando a Força Sindical. Ele informa que já foi criada uma comissão para organizador o evento no Brasil, composta por um representante da Força Sindical e um da Central Única dos Trabalhadores (CUT). Bicalho integra a comissão como representante da Força Sindical. “Será a primeira vez que a IndustriALL se reunirá na América Latina e será no Brasil! A previsão é que tenhamos dois mil delegados do mundo inteiro neste congresso”, afirma. A IndustriALL tem como objetivo combater a precarização do trabalho e lutar pelos direitos sindicais.
Cada vez mais as multinacionais dominam o mundo. Há situações em que a empresa respeita as leis trabalhistas globais em um país, mas desrespeita em outro país. Para tentar enfrentar este poderio em condições de igualdade, as principais centrais sindicais fundaram a IndustriALL. “É uma organização que funciona como uma rede de proteção dos trabalhadores em todos os países, com poder de fazer pressão para que as multinacionais assinem acordos globais de promoção dos direitos dos trabalhadores e paguem salários decentes em todos os países que atuem”, detalha Bicalho.
Nesta reunião na Tunísia, que começou na terça-feira (02 de dezembro) e termina nesta sexta-feira (05 de dezembro), a IndustriALL define as ações mundiais de combate à precarização do trabalho e dos direitos sindicais para 2015, além de avaliar a atuação da entidade e suas campanhas. Um dos assuntos debatidos foram as novas diretrizes para os Acordos Marco Globais. Estes acordos são baseados nas normas da Organização Internacional do Trabalho (OIT) e estabelecem diretrizes mínimas que devem ser respeitadas em todas as plantas que multinacionais têm pelo mundo. Portanto, asseguram direitos básicos aos trabalhadores, como o de organização sindical e de negociação coletiva.
FONTE: Lettera Comunicação Estrategica