Cerca de 1.200 trabalhadores metalúrgicos aprovaram, em assembleia agora à noite, no Sindicato dos Metalúrgicos de São paulo e Mogi das Cruzes, as propostas de acordo salarial feitas pelos grupos patronais 3 (autopeças), Simefre (materiais ferroviários), Sinafer (artefatos de ferro e ferramentas) e Fundição, garantindo a manutenção da Convenção Coletiva de Trabalho, com todas as cláusulas, incluindo as de estabilidade para os acidentados e portadores de doenças profissionais; data-base em 1º de novembro, reposição das perdas com a inflação (INPC) dos últimos 12 meses encerrados em outubro (de 1,8%), abono de 15% em três parcelas.
O acordo aprovado inclui cláusula de salvaguarda em relação à aplicação da reforma trabalhista, como proteção para que a gestante não trabalhe em local insalubre, obrigatoriedade das homologações serem feitas no sindicato, proibição à terceirização de atividades fins, e que as partes voltarão a se reunir em março de 2018 para discutir os impactos da lei (reforma) trabalhista.
O presidente do Sindicato, Miguel Torres, expôs para os trabalhadores as dificuldades das negociações deste ano, que estão se dando sob o manto da reforma trabalhista e do desemprego.
“Nunca tivemos tantas agressões aos direitos dos trabalhadores. Entramos na campanha salarial com objetivo de defender a convenção coletiva, que garante proteção aos trabalhadores. Não recebemos contrapropostas de todos os grupos patronais, porque eles querem que os trabalhadores fiquem sem convenção, para aplicarem a lei trabalhista do jeito que quiserem. O acordo que celebramos é o parâmetro mínimo e vamos buscar acordos diretos com as empresas dos grupos que não chegaram a um entendimento conosco”, afirmou o presidente.
A Campanha Salarial é unificada. Reúne 53 sindicatos de metalúrgicos no Estado, filiados à Federação dos Metalúrgicos do ESP e à Força Sindical e envolve cerca de 700 mil trabalhadores.