Força Sindical |
As centrais sindicais – Força Sindical, UGT, NCST, CGTB e CTB realizam nesta terça-feira, dia 19, a I Oficina de Capacitação de Dirigentes Sindicais e Assessores para Erradicação do Trabalho Infantil. O evento acontece das 9h às 17h, na sede da Força Sindical.
A oficina é uma parceria das secretárias da Mulher e da Criança e Adolescente das centrais sindicais para debater ações para combater o trabalho infantil.
A secretária da Criança e Adolescente da Força Sindical, Gleides Sodré, ressaltou que está é a primeira vez que as centrais se reúnem para debater este tema. “É importante unirmos forças para tratar deste importante assunto e elaborarmos ações para retirar as crianças e adolescentes do trabalho e exploração que ainda existe em todo o mundo”.
Neusa Costa, coordenadora do Meu Guri, apresentou o trabalho desenvolvido pela entidade que hoje atende 115 crianças e adolescentes. “Realizamos um importante trabalho com as crianças e adolescentes da região e também com os pais conscientizando da importância das crianças estarem na escola”.
O professor Paulo Dante Lara, falou sobre a “Erradicação do Trabalho Infantil Doméstico – Desafios e Perspectivas”. Ele afirmou que para combater o trabalho infantil doméstico é necessário estarmos preparados e termos muita determinação muito grande. “Este tipo de trabalho infantil é muito obscuro e encontramos hoje uma dificuldade muito grande para fiscalizar a sua existência”, afirmou.
Ele ressaltou que essa é uma das explorações de mão de obra mais difundida no Brasil. “Atualmente temos 390 mil crianças entre os 5 e 17 anos trabalhando. Destas 91,6% são mulheres e 41,3% meninas entre 12 e15 anos”, alertou.
Durante a tarde participaram da Oficina a assessora para Assuntos de Direitos Humanos da CSA, Leandra Perpétuo e o presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente de Osasco (CMDCA), Antonio Dantas.
Leandar ressaltou que a CSA tem desenvolvido um trabalho para capacitar e forma dirigentes sindicais para o tema. “Para combatermos o trabalho infantil é necessário termos pessoas capacitadas no movimento sindical para lutar pela erradicação deste mal que assola o mundo inteiro”.
Leandra lembrou ainda, que a CSA desenvolveu um trabalho específico contra o trabalho infantil doméstico. “Sindicalistas de 6 países da América Latina elaboraram durante este trabalho uma cartilha formativa sobre prevenção e erradicação do trabalho infantil”.
Antonio Dantas reafirmou a importância da Oficina e lembrou “que é sempre um momento de aprendizado para fortalecer a luta pelo fim do trabalho infantil”.
Dantas lembrou ainda que “para desenvolvermos um trabalho eficaz no combate ao trabalho infantil é necessário um comprometimento de todos os setores da sociedade”, e que o movimento sindical precisa participar de forma incisiva dos conselhos setoriais para avançarmos nos direitos das crianças e adolescentes”.