As centrais sindicais se reuniram nesta quinta-feira (13), na sede da Nova Central, para analisar o atual cenário econômico e político e reafirmam a unidade em torno da defesa dos direitos da classe trabalhadora. Em nota, as centrais reiteraram sua oposição a proposta de reforma trabalhista sancionada nesta quinta pelo presidente da República, Michel Temer.
No texto, as lideranças sindicais definem como injusta e cruel a proposta que “não só acaba com direitos consagrados, como também impõe à classe trabalhadora uma realidade de precarização, com jornadas de trabalho de 12 por 36 horas; a exposição das mulheres gestantes e lactantes a ambiente de risco; o trabalho intermitente de forma indiscriminada; o fracionamento do direito de férias, antes integral e de 30 dias; entre muitas outras perdas”.
Os sindicalistas alertam que a reforma também ataca frontalmente o movimento sindical, quebrando a espinha dorsal dos sindicatos, trincheira de resistência e que ao longo de décadas contribui para a construção de nossa democracia. E finalizam o texto reafirmando a unidade, resistência e luta em defesa da classe trabalhadora. “Seguiremos mobilizadas e resistentes em defesa da democracia, da soberania, da nação e dos direitos do nosso povo.”
Confira a íntegra da nota:
“NOTA OFICIAL DAS CENTRAIS SINDICAIS
As centrais sindicais reiteram sua oposição à proposta sancionada pelo presidente Michel Temer. Seu caráter injusto e cruel não só acaba com direitos consagrados, como também impõe à classe trabalhadora uma realidade de precarização, com jornadas de trabalho de 12 por 36 horas; a exposição das mulheres gestantes e lactantes a ambiente de risco; o trabalho intermitente de forma indiscriminada; o fracionamento do direito de férias, antes integral e de 30 dias; entre muitas outras perdas.
Essa reforma também ataca frontalmente o movimento sindical, quebrando a espinha dorsal dos sindicatos, trincheira de resistência e que ao longo de décadas contribui para a construção de nossa democracia.
As centrais sindicais reafirmam sua unidade, resistência e luta em defesa da classe trabalhadora. Seguiremos mobilizadas e resistentes em defesa da democracia, da soberania, da nação e dos direitos do nosso povo.
São Paulo, 13 de julho de 2017
Antonio Neto, presidente da CSB – Central dos Sindicatos Brasileiros
Adilson Araujo, presidente da CTB – Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil
Vagner Freitas, presidente da CUT – Central Única dos Trabalhadores
João Carlos Gonçalves, Juruna, secretário-geral da Força Sindical
José Calixto Ramos, presidente da Nova Central Sindical
Ricardo Patah, presidente da UGT – União Geral dos Trabalhadores”