Cesta básica aumenta em quase todas as capitais

Dieese

O conjunto dos gêneros alimentícios registrou alta em 17 das 18 capitais onde o DIEESE – Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos realiza a Pesquisa da Cesta Básica de Alimentos. As maiores elevações foram apuradas em Salvador (11,71%), Aracaju (7,79%), Goiânia (7,48%) e Brasília (7,26%). Manaus foi a única cidade onde foi observada retração (-0,89%).

Em 12 meses – entre fevereiro de 2014 e janeiro último – também houve aumento acumulado do preço da cesta em 17 capitais, com destaque para Aracaju (23,65%), Goiânia (18,22%) e Brasília (16,28%). Manaus também foi a exceção no período, com queda nos preços (-1,66%).

O maior custo da cesta, em janeiro, foi apurado em São Paulo (R$ 371,22), seguido de Porto Alegre (R$ 361,11) e Florianópolis (R$ 360,64). Os menores valores médios foram observados em Aracaju (R$ 264,84), Natal (R$ 277,56) e João Pessoa (R$ 278,73).

Com base no total apurado para a cesta mais cara, a de São Paulo, e levando em consideração a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e sua família com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o DIEESE estima mensalmente o valor do salário mínimo necessário. Em janeiro de 2015, o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria equivaler a R$ 3.118,62, 3,96 vezes maior do que o mínimo de R$ 788,00, que entrou em vigor em 1º de janeiro, conforme definição do Governo Federal. Em dezembro de 2014, o mínimo necessário era menor, equivalendo a R$ 2.975,55, ou 4,11 vezes o piso então vigente, de R$ 724,00. Em janeiro de 2014, o valor necessário para atender às despesas de uma família chegava a R$ 2.748,22, 3,80 vezes o salário mínimo então em vigor (R$ 724,00).

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