Ciro Gomes, pré-candidato do PDT a presidente da República, em debate na sede da Força Sindical nesta terça, 12 de junho, disse que a solução para o Brasil sair da crise é retomar a industrialização, na geração emergencial de empregos em construção civil, transporte público, moradias e saneamento básico, e investir em áreas estruturais como petróleo, gás e bionergia e nos complexos industriais da saúde, do agronegócio e da defesa. “Precisamos unir quem trabalha, unir quem produz e virar este jogo para devolver a felicidade para a nação brasileira”, diz Ciro.
Durante a palestra, que durou cerca de duas horas, Ciro Gomes também defendeu a revogação pura e simples da reforma trabalhista aprovada em novembro de 2017. “Essa reforma trabalhista é uma selvageria. E deve ser revogada pura e simplesmente”. Para ele, “é preciso proteger o trabalho porque o trabalho é a parte mais vulnerável na relação com o capital. Portanto, o estado tem de intermediar esse conflito eterno, de maneira a proteger a parte mais frágil”.
A conversa com o pedetista foi coordenada pelo secretário-geral da Força, João Carlos Gonçalves, o Juruna, e reuniu centenas de dirigentes sindicais de várias entidades filiadas à central. Juruna justificou as ausências de Paulinho da Força, que está em Brasília, e de Miguel Torres, que está em Detroit (EUA) no 37º Congresso do UAW (Sindicato dos Metalúrgicos Norte-Americanos), e destacou o caráter plural da central e a necessidade de a população participar das eleições escolhendo governantes e parlamentares comprometidos com a democracia e com o desenvolvimento, e não em candidatos com visões extremadas.
Ciro afirmou que se eleito presidente fará reuniões mensais com as centrais sindicais. “Meu patrão é a classe trabalhadora”. Questionado, respondeu que irá sim lutar pela revogação da reforma trabalhista.
Diretores e assessores do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes compareceram maciçamente ao debate. Junto ao pré-candidato Ciro, compuseram a mesa: Danilo Pereira (Força SP), Mônica Veloso (CNTM), Juruna, Lupi (PDT), Auxiliadora (Brinquedos), Eliseu (Federação dos Metalúrgicos), Arakém (Metalúrgicos de SP), Medeiros (Metalúrgicos de SP), Geraldino (Força), Antônio Vitor (Alimentação), Magrão (Federação dos Metalúrgicos) e Edson Bicalho (Químicos).
Para os próximos debates, a Força Sindical também convidou Aldo Rebelo (Solidariedade), Manuela D’Ávila (PCdoB), Geraldo Alckmin (PSDB), Paulo Rabelo de Castro (PSC), Marina Silva (REDE), Rodrigo Maia (DEM) e o candidato do Partido dos Trabalhadores (PT) que ainda será anunciado.