Centrais sindicais e movimento sociais do Brasil, Argentina, Paraguai, Venezuela, Bolívia e Uruguai participaram, de 14 e 16 de julho, em Brasília, da 18ª Cúpula Social do Mercosul que discutiu interesses regionais e elaborou propostas para a construção de uma agenda social com foco nos direitos trabalhistas. O tema deste ano foi ´Avançar no Mercosul com Mais Integração, Mais Direitos e Mais Participação´.
A 18ª Cúpula foi organizada por representantes de 17 entidades da sociedade civil, com o apoio da Secretaria-geral da Presidência da República. Entre os organizadores estavam pessoas ligadas à agricultura familiar, movimento negro, representantes das mulheres, da juventude, de trabalhadoras do sexo, minorias sexuais, pessoas com deficiência e indígenas, entre outros.
As discussões, que contaram também com representantes do governo, tiveram como objetivo produzir a Declaração Sócio Laboral do Mercosul, documento que reconhece a sociedade civil como protagonista na construção de direitos e define princípios e diretrizes que permitem aos trabalhadores cobrar por seu cumprimento. Entre as questões discutidas pode-se ressaltar o direito ao trabalho decente, o combate ao trabalho infantil e a criação de uma Zona Franca Social, que possibilite identidade única para os cidadãos dos países do Mercosul.
A declaração foi entregue hoje (17) aos presidentes dos países do bloco, que estão em Brasília, participando da 48ª Cúpula do Mercosul.
A Cúpula Social acontece desde 2006 como espaço de diálogo para ampliar e fortalecer a participação social no processo de integração regional. A proposta é discutir os temas com integrantes dos governos, dos respectivos Legislativo e da sociedade civil. É a quinta vez que a reunião ocorre no Brasil. Foi aprovada na 18º cúpula uma moção a favor do projeto de lei 296 aprovado pelo Senado que estabelece o auxílio transitório para seguradas do INSS, vítimas de agressão.
Carta em Defesa da Democracia
Representantes das centrais entregaram à presidente Dilma Rousseff o documento “Carta em Defesa da Democracia”. Na ocasião, disse Ruth Coelho, secretária nacional de Direitos Humanos e Cidadania da Força Sindical, a presidente se comprometeu a defender junto aos dirigentes dos demais países, a assinatura no documento Declaração Sócio Laboral do Mercosul, que
foi elaborado por uma comissão tripartite do bloco e destaca a luta das mulheres, como o feminicídio nas fronteiras (assassinato de mulheres) e salário igual ente homens e mulheres que executam trabalho igual.
Os dirigentes da Força sindical que participaram do evento foram:
-Valclecia Trindade, 2ª secretária da Força Sindical;
-Maria Euzilene Nogueira (Leninha), diretora do Sindicato dos Metalúrgicos de SP;
-Vilma Pardinho, secretária da Criança e do Adolescente da Central;
-Gleides Sodré, diretora do Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco;
-Jefferson Tiego, secretário da Juventude da Força Sindical;
-Ruth Coelho, secretária dos Direitos Humanos e Cidadania;
-José Ricardo Leite, presidente do SintVest de Londrina;
-Cristina Cavalcanti, diretora do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Brinquedos do Estado de SP,
-Laura dos Santos, diretora do Sindicato dos Químicos de Itapetininga e coordenadora da Mulher da Fequimfar
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