Representantes de diferentes categorias defendem a atualização da tabela do IR. A defasagem da tabela vem se acumulando desde 1996, chegando a um total de 72,2%. Somente no ano passado, o IPCA atingiu 10,67%, enquanto a correção média nas faixas de renda da tabela foi de apenas 5,6%.
Eis a nota:
“As Confederações Nacionais de Trabalhadores abaixo relacionadas manifestam toda sua preocupação e propõem medidas imediatas para o enfrentamento do preocupante momento da economia brasileira, no qual crescem o desemprego e a inflação e diminuem os investimentos produtivos e o consumo das famílias.
Por isto, entendemos que o governo deve assumir o compromisso de tomar medidas imediatas para aplacar os efeitos negativos da crise sobre a classe trabalhadora brasileira.
A correção da tabela do Imposto de Renda é urgente para amenizar o impacto das obrigações tributárias sobre os milhões de assalariados do País. A falta de correção da tabela do IR levará um enorme contingente de trabalhadores, antes isentos, a pagar impostos que irão corroer os reajustes salariais recentemente conquistados.
A redução drástica da taxa básica de juros (Selic) é, igualmente, uma necessidade imediata, que será interpretada pelas forças da economia real como uma sinalização fundamental para a retomada de investimentos produtivos.
Para os trabalhadores é, ainda, fundamental o compromisso do governo em não retirar direitos e conquistas no contexto da reforma da Previdência Social. Não aceitaremos qualquer ataque aos direitos da classe trabalhadora.
Também externamos nossa preocupação quanto ao uso do FGTS em operações que dificultem o seu retorno para seus verdadeiros fins, como para construção de casa própria e para infraestrutura urbana.
Esperamos empenho efetivo do governo no combate ao Zica Vírus, especialmente nas áreas onde ainda não existe saneamento básico.
Entendemos que estas decisões são imprescindíveis para que os trabalhadores reconheçam no governo intenções verdadeiras de superação da crise sem o sacrifício das gerações presentes e futuras.
Sem estas sinalizações, pode-se agravar a situação de descolamento entre esse mesmo governo e suas bases trabalhistas, o que só tenderia a ampliar a crise política que buscamos superar de maneira mais consequente e efetiva”.
Brasília, fevereiro de 2016
CNTM – Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos
CNM – Confederação Nacional dos Metalúrgicos
CNTA – Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação e Afins
CONACOVEST – Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias do Setor Têxtil, Vestuário, Couro e Calçados
CONTRATUH – Confederação Nacional dos Trabalhadores em Turismo e Hospitalidade
CONTEC – Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Empresas de Crédito
CNTU – Confederação Nacional dos Trabalhadores Liberais Universitários Regulamentados
CNTC – Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio
CNTQ – Confederação Nacional dos Trabalhadores Químicos
CNTTT – Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes Terrestres
CONTAG – Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura
CSPB – Confederação dos Servidores Públicos do Brasil
CONTCOP – Confederação Nacional dos Trabalhadores em Comunicações e Publicidade
CNTEEC – Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Educação e Cultura
CONTRICOM – Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário
CNTS – Confederação Nacional dos Trabalhadores na Saúde
FST – Fórum Sindical dos Trabalhadores
Mais informações:
Miguel Torres, presidente da CNTM
Tel: 9 9623 1980
Artur Bueno,presidente da CNTA Afins
Tel: 9 8143 8256
Paulo Cayres,presidente da CNM/CUT
Tel: 9 7602 3593