Das 18 cidades em que o DIEESE – Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos – realiza a Pesquisa da Cesta Básica de Alimentos, 11 tiveram redução do valor do conjunto de bens alimentícios básicos em julho.
As maiores retrações foram apuradas em Belém (-4,76%), Manaus (-3,27%), Natal (-3,03%) e Recife (-2,87%). As altas foram registradas em Aracaju (3,64%), Fortaleza (2,28%), Belo Horizonte (1,85%), Rio de Janeiro (0,96%), São Paulo (0,78%) e Curitiba (0,16%). Em Vitória, o custo dos produtos básicos praticamente não variou (0,02%).
Em julho, o maior custo da cesta foi registrado em São Paulo (R$ 395,83), seguido de Porto Alegre (R$ 383,22), Florianópolis (R$ 376,69) e Rio de Janeiro (R$ 372,24). Os menores valores médios foram observados em Aracaju (R$ 285,44), Natal (R$ 293,58) e João Pessoa (R$ 306,53).
Com base no total apurado para a cesta mais cara, a de São Paulo, e levando em consideração a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e sua família, com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o DIEESE estima mensalmente o valor do salário mínimo necessário.
Em julho de 2015, o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria equivaler a R$ 3.325,37, ou 4,22 vezes mais do que o mínimo de R$ 788,00. Em junho desse ano, o mínimo necessário era menor e correspondeu a R$ 3.299,66, ou 4,19 vezes o piso vigente. Em julho de 2014, o valor necessário para atender às despesas de uma família era menor, R$ 2.915,07, ou 4,03 vezes o salário mínimo então em vigor (R$ 724,00).