Em 2014, a Agência Sindical – com o Barão de Itararé e a TV Comunitária SP – promoveu coletiva de imprensa sobre os ganhos e conquistas legais dos trabalhadores nos governos Lula e Dilma. Com Lula, houve 12 ações efetivas pró-trabalhador. O entrevistado foi Antônio Augusto de Queiroz (Toninho), que há 26 anos estava começando no Diap (Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar) e agora é seu diretor de Documentação.
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2014 – Toninho, Franzin e Altamiro em evento da Agência Sindical no Barão de Itararé
O conteúdo da fala de Toninho, clara e politizada, mas apartidária, surpreendeu o auditório do Barão, repleto de dirigentes, jornalistas da imprensa sindical e blogueiros. Toninho começou lembrando que a primeira medida de Lula, a pedido do movimento sindical, foi pedir a retirada de pauta do projeto que liberava a terceirização.
Neste 24 de janeiro de 2018 – quase 30 anos após a promulgação da Constituição-cidadã – Lula se submeterá ao TRF-4, do Rio Grande do Sul, que vai se pronunciar sobre sentença inconsistente do juiz Sérgio Moro, que condena Lula num confuso caso de apartamento tríplex da OAS, em Guarujá-SP.
A Agência Sindical entrevistou Toninho do Diap. Ele diz:
Medidas pró-trabalhador – “Logo no início do governo, Lula tirou de pauta o projeto que liberava a terceirização, outro que fazia o negociado se sobrepor ao legislado e depois também vetou a Emenda 3, que liberava a pejotização e punha em risco o registro em Carteira”. Sob Lula, também começou a política de valorização do salário mínimo.
Fidelidade – “Nesse tempo, Lula cresceu do ponto de vista pessoal, de bem-estar e conhecimento, sem nunca perder os vínculos com sua origem. Sempre que esteve em posição de poder reservou espaços e recursos para atender o setor popular, de onde se origina”.
Liderança – “É a maior liderança popular do País. A despeito de acusações que historicamente lhe imputam as forças conservadoras, ele consegue um alto apoio popular. Mesmo com tal avalanche, se concorrer a presidente, pode ganhar no primeiro turno. A ordem é impedir que concorra e ganhe a eleição”.
Terceiro governo – “Caso ganhe, Lula tem intenção de rever os retrocessos sociais impostos pelo governo Temer. Portanto, a estratégia do establishment é vender a ideia de que Lula é incendiário, quando, na prática, é conciliador”.
A elite – “Sem Lula, a elite acha que emplaca candidato com o seguinte perfil: liberal, que retire o Estado da atividade econômica; conservador nos valores, para impor retrocessos a Estatutos como ECA e Desarmamento, bem como aos avanços femininos; e alguém que asfixie o Estado prestador de serviços e fornecedor de bens – querem ficar com a receita gerada pela população pra honrar dívida interna e externa”.
Pós-verdade – “O momento atual tranca o debate. Não se discutem ideias programas, soluções de problemas. Estimulam-se reações raivosas e julgamentos morais. Essa manobra criminaliza cidadão ou instituição que apoiar o interesse coletivo, a solidariedade, a justiça”.
Sindicalismo – “Nessa conjuntura, o sindicalismo precisa atuar com base em uma agenda comum e unitária, que tenha lastro em programa e ideias, não apenas em pessoas. Fazer um programa pra baixo, a fim de convencer a população a escolher candidatos ligados a esse programa”.
Mais informações: www.diap.org.br