A indústria da construção civil brasileira registrou queda no nível da atividade e no número de empregados no mês de junho. De acordo com a pesquisa “Sondagem da Indústria da Construção”, divulgada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), empresários do setor também relataram redução na margem de lucro operacional e maior dificuldade no acesso ao crédito no segundo trimestre deste ano.
O indicador que mede o nível de atividade da indústria da construção ficou em 44,5 pontos em junho — números abaixo de 50 representam retração. Foi o sétimo mês consecutivo de queda. Em maio, o índice estava em 45,8 e em junho do ano passado, em 44,3. “Esse desempenho negativo está em linha com a desaceleração da economia brasileira”, avaliou a CNI, em nota.
Outro indicador em queda foi o que mede o número de empregados, que marcou 45,3 pontos. Em maio, esse índice estava em 45,5 e em 45,7 em junho do ano passado.
A utilização da capacidade de operação passou de 70% em maio para 69% em junho. No mesmo mês de 2013 era de 68%.
Houve piora também nos indicadores que medem a situação financeira das empresas. No segundo trimestre, o da margem de lucro operacional ficou em 41,4 pontos, contra 41,6 no mês passado e 44,2 em junho de 2013.
A pesquisa mediu ainda a expectativa do setor para os próximos seis meses. Em relação ao nível de atividade, o número ficou em 51,2 pontos, o que representa a projeção de expansão. Os empresários, no entanto, já não estão tão otimistas: o mesmo indicador estava em 51,5 pontos em maio e 54,6 pontos em junho do ano passado. “Entre as grandes empresas há expectativa de queda nos novos empreendimentos e serviços, na compra de insumos e matérias-primas e no número de empregados nos próximos seis meses”, informa a pesquisa.
A sondagem da construção foi feita entre 1º e 11 de julho com 534 empresas, das quais 167 de pequeno porte, 239 médias e 128 grandes