O custo de vida na capital paulista aumentou 0,06%, em agosto, na comparação com o mês anterior, aponta levantamento do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Em julho, a taxa ficou em 0,95%. Os itens que mais contribuíram para a formação do índice foram saúde (1,18%), educação e leitura (0,25%), transporte (-0,11%) e alimentação (-0,47%). Nos últimos 12 meses, o índice acumula alta de 10,05%. O impacto é maior para famílias de baixa renda, para as quais a inflação acumulada é 11,76%. Em 2015, a taxa acumulada está em 8,12%.
O aumento no grupo saúde deve-se ao acréscimo de 1,44% na assistência médica, por causa do reajuste dos seguros e convênios (1,51%) e consultas médicas (1,26%). Em seguida, estão os custos com educação e leitura, que se elevaram 0,25%. Os cursos formais tiveram acréscimo de 0,29%, devido ao aumento nos cursos pré-vestibular (2,74%) e universitário (0,57%). Esse dois grupos contribuíram 0,19 ponto percentual para elevação do Índice de Custo de Vida.
A queda de 0,11% no grupo transporte está relacionada à diminuição do custo do transporte individual (-0,2%), tendo vista que o combustível caiu 0,56%. No transporte coletivo (0,07%), o destaque foi o reajuste do ônibus interestadual (0,77%). O decréscimo na alimentação (-0,47%) foi puxado pelo comportamento do subgrupo produtos in natura e semielaborados que registrou taxa de -1,38%. Esses grupos tiveram impacto de negativo de 0,17 ponto percentual na formação do índice.
A batata ficou 14,83% mais barata em agosto, contribuindo para o recuo de 8,55% no item raízes e tubérculos do subgrupo produtos in natura e semielaborados. A cebola (-5,88%), a beterraba (-4,80%), a cenoura (-4,24%) e a mandioca (-3,04%) também tiveram redução nos preços. Nesta categoria, chamam atenção, ainda, pela baixa no custo, os itens grãos (-1,44%), hortaliças (-3,25%), frutas (-3,35%) e legumes (-5,83%). Leite in natura, aves e ovos e carnes apresentaram maior preço.
O Dieese calcula mais três indicadores de inflação, de acordo com três estratos de renda do paulistano. Em agosto, as famílias com menor nível de rendimento, estrato 1, a taxa ficou negativa em -0,05%. Para as que têm rendimento intermediário, a taxa ficou praticamente estável (0,01%). O impacto para as famílias de maior poder aquisitivo foi 0,13%. As taxas são menores do que as verificadas em julho: 1º estrato,1,33%); para o 2º estrato, 1,05%; e para o 3º estrato, 0,8%.