Preocupada com o aumento de casos de drogas entre as mulheres, a Secretaria da Mulher da Força Sindical SC, levou o tema para ser debatido no 3° Só para Elas.
Com o auxílio de uma equipe de assistentes sociais e psicólogos, foi usado o diálogo, vídeos e dinâmicas para saber a opinião e as experiências das mais de cem mulheres que participaram do evento.
“Essa é uma realidade, o cotidiano das mulheres, se elas não são usuárias, elas convivem diariamente com alguém que usa medicação, álcool ou drogas”, lamentou a secretaria da Mulher da Força Sindical estadual, Tania Pompermayer.
De acordo com dados do Instituto Nacional de Seguro Social, em 2013 mais de 100 mil trabalhadores inscritas no INSS tiveram o benefício concedido por afastamento em decorrências das drogas e as mulheres apesar de serem minorias, só crescem nas estatísticas.
A campeã de uso ainda é o álcool, seguido por remédios de emagrecimento e a cocaína. Esse número crescente preocupou a Secretaria da Mulher que acredita que se a mulher não é dependente, ela sofre constantemente com a proximidade de dependentes (marido, filho,etc), suportando diversas situações, uma delas a violência contra a mulher.
Para a participante Edla Defreyn, que trabalha na indústria da pesca, esse é um tema que precisa ser debatido. “Essa é a realidade, precisamos falar sobre ela para deixar claro, pois qualquer coisa pode ser considerada droga, até o café”, revelou.
Para o psicólogo Tony Cunha, as pessoas só entendem como dependência quando a pessoa chega no limite. “E isso não é verdade. Qualquer substância que causa alteração no sistema nervoso é considerado uma droga”, orientou Cunha. “O que temos que analisar que as pessoas só procuram ajuda quando chegam no seu limite”.
Tony é psicólogo em um dos Centros de Atendimento Psico Social de Brusque, no entanto, o Caps é um programa do Ministério da Saúde. Encontrado em várias cidades na Rede de Atenção Psicossocial.
Os CAPS oferecem atendimento à população, realizam o acompanhamento clínico e a reinserção social dos usuários pelo acesso ao trabalho, lazer, exercício dos direitos civis e fortalecimento dos laços familiares e comunitários. Além de atender aos usuários em seus momentos de crise.