Uma passeata na segunda-feira, dia 30, a partir das 9 horas, que sairá da rua Galvão Bueno, 782, em frente ao Palácio do Trabalhador, na Liberdade, e terminará no Pátio do Colégio, no centro, marcará o fechamento do Março Mulher, mês repleto de comemorações das trabalhadoras, promovidas pelos Sindicatos e Federações em função do Dia Internacional da Mulher (8 de março).
“Será uma manifestação com representação nacional, na qual estarão presentes as secretárias da Mulher das instâncias estaduais da Força Sindical”, informa Maria Auxiliadora dos Santos, secretária nacional da Mulher da Central.
O Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, que tem seis mulheres na diretoria e nove assessoras, já realizou o Encontro de Mulher Metalúrgica e participará do evento.
O objetivo principal será mostrar à sociedade o nosso posicionamento contrário às MPs (Medidas Provisórias) 664 e 665, que estabelecem limites de acesso ao seguro-desemprego, ao abono salarial, ao seguro-defeso e à pensão por morte.
As trabalhadoras são a favor do Projeto de Lei (PL) 6653/09, que cria mecanismos para garantir a igualdade entre mulheres e homens, coibir práticas discriminatórias nas relações de trabalho urbano e rural, bem como no âmbito dos entes de direito público externo, das empresas públicas, sociedades de economia mista e suas subsidiárias. Elas pleiteiam, ainda, o combate à violência contra a mulher e os assédios moral e sexual.
Segundo Maria Auxiliadora, a expectativa é que cerca de 1,2 mil mulheres participem da caminhada. “Uma participação expressiva das mulheres é fundamental para aumentar nossa pressão por condições iguais entre homens e mulheres”, disse.
No dia 24 de março Auxiliadora, ao lado de representantes do Fórum das Mulheres Trabalhadoras das Centrais Sindicais, estiveram reunidas em audiência com a ministra-chefe da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres, Eleonora Menicucci.
Elas discutiram projetos que voltados à melhoria da qualidade de vida das mulheres que estão parados no Congresso. “Solicitamos a formação de um grupo de trabalho com as mulheres dirigentes das Centrais Sindicais para que o debate seja mais incisivo e para que possamos avançar nas conquistas”, disse Auxiliadora.
A ideia é elaborar uma agenda de ação conjunta entre a Secretaria e as Centrais. Além de trabalhar os projetos já em trânsito na Câmara Federal e no Senado, que influenciam diretamente na vida das mulheres trabalhadoras, serão avaliados os impactos das medidas provisórias, assim como as mudanças que ocorreram na vida das mulheres brasileiras na última década.
Passeata no próximo dia 30 encerra as comemorações do Março Mulher da Força.