Sindicato realiza VII Coletivo de Mulheres Metalúrgicas

O encontro tem como tema: “Digo NÃO à violência e ao estupro”

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Fotos Jaelcio Santana e Denis Benvenuti

cartaz-7º-Coletivo-mulheres-metalúrgicas.O Departamento da Mulher do Sindicato, coordenado pela diretora Leninha, realizou nesta sexta-feira o VII Coletivo de Mulheres Metalúrgicas, com a participação de cerca de 150 trabalhadoras de fábricas de todas as regiões da capital e de Mogi das Cruzes.

O evento teve como tema a questão da violência e do estupro, com palestra de Rosmary Correa, a delegada Rose, presidente do Conselho Estadual da Condição Feminina. Abordou o caso do estupro coletivo de uma adolescente no Rio de Janeiro, e também a questão da violência no local de trabalho, como a desigualdade salarial, do assédio moral, da agressão física e psicológica de modo geral.

Leninha agradeceu a presença das participantes e pediu a todas para levarem a discussão para as companheiras de fábrica, para que a luta contra a cultura da violência e do estupro possa avançar na prática. “Sejam multiplicadoras”, disse.

O Coletivo contou com a participação do presidente do Sindicato, Miguel Torres; da diretora financeira, Elza Costa; do deputado federal Paulinho da Força, da diretoria e assessoria, presentes com grande interesse pelo tema.
Na mesa de abertura estavam os diretores Tadeu Morais (vice-presidente), Rodrigo (Deptº  da Juventude), Luisinho (Deptº de Segurança e Saúde) e Campos (Memória Sindical), além das convidadas Carmelita, do Sindicato das Costureiras; Ruth Coelho, da Secretária de Direitos Humanos e Cidadania da Força Sindical; Valclécia, 2ª secretária da Força Sindical; Maria Auxiliadora, secretária de Políticas para as Mulheres, da Força Sindical.

mulher-miguelfala.“Este encontro contribui para ampliar a participação da mulher na categoria, na política, na vida social. Sabemos que é difícil para a mulher sair da fábrica e de casa para participar de outras atividades, mas temos que criar alternativas para isso”, disse Miguel, que pediu às companheiras para apresentarem sugestões sobre o que pode ser feito para melhorar a participação delas nas ações sindicais, “porque temos condições de avançar nessa luta”, disse.

mulher-elza-vale.Para a diretora Elza, “cada vez que se faz uma reunião como esta saímos olhando mais para esta situação de violência e cada vez mais querendo mudar mais tudo isso. Nessa caminhada, é importante homens e mulheres caminharem juntos”, disse.

Tadeu Morais destacou a importância do Coletivo e classificou de “absurda” a violência contra a mulher neste século.

O evento apresentou algumas dinâmicas. A primeira, a diretora Leninha fez uma enquete com a pergunta:
“Qual dessas atitudes da mulher você acha que justificaria o estupro?
Beber, andar sozinha, usar roupa curta, usar drogas, nenhuma”.
A resposta da maioria foi NENHUMA.

Na segunda dinâmica, as trabalhadoras receberam bexigas brancas, encheram e foram convidadas a jogar as bexigas umas para as outras como forma de “trocar as informações que receberam e levar para as companheiras nas fábricas”. Depois, estouraram as bexigas, como forma de repúdio a qualquer forma de assédio sexual ou estupro.

Após a palestra da delegada Rose, as trabalhadoras usaram o microfone para colocar suas posições e tirar dúvidas.

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Delegada Rose

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Assessoras da diretoria
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Final do encontro