O número de aposentados que continua trabalhando está em 5,7 milhões, segunda a Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) de 2014, divulgada ontem pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
No ano passado, 28,14% dos 20,3 milhões de cidadãos já aposentados continuavam na ativa.
Em comparação com o ano anterior, a evolução acompanha o crescimento no número de aposentados.
Em 2013, o IBGE identificou 5,2 milhões de trabalhadores que já recebiam algum tipo de benefício.
O percentual de aposentados era de 26,24%.
O IBGE não detalha, em seu levantamento, quantos são os aposentados pelo INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) e quantos continuam trabalhando.
São esses aposentados do INSS ainda na ativa, porém, que deram origem à desaposentação, ação judicial que busca reconhecer o direito de o segurado conseguir um novo benefício, incluindo as contribuições pagas após a primeira aposentadoria.
Uma das razões para outros segurados seguirem na ativa é a idade com que se aposentam. Os homens pedem o primeiro benefícios ao INSS com 55 anos. em médio, e as mulheres, com 52. Na faixa dos 50 aos 59 anos, segundo a Pnad, 67,4% dos brasileiros ainda trabalham.
Esse percentual é bem menor na faixa seguinte, a partir dos 60 anos, quando 41,9% dos homens continuam na ativa. Entre as mulheres, são somente 18,9%.
Segundo a Pnad, 5,5 milhões de cidadãos com mais de 60 anos de idade ainda contribuem para a Previdência Social pagou, no mês de dezembro, 17,9 milhões de aposentadorias.
Uma estimativa feita pelo Ministério da Previdência Social e pela AGU (Advocacia Geral da União) contabiliza cerca de 300 mil aposentados brasileiros que poderiam pedir troca de benefício, se ela for autorizada pelo STF (Supremo Tribunal Federal).
Nem todos esses 300 mim continuam trabalhando.