A dívida pública sofreu em 2015 a maior alta em pelo menos nove anos e fechou dezembro em patamar recorde de 66,2% do PIB (Produto Interno Bruto) informou o Banco Central nesta sextafeira (29).
No ano, o setor público gastou R$ 111,2 bilhões a mais do que arrecadou, com as contas pressionadas pelo pagamento das chamadas pedaladas —dívidas da União com bancos públicos e o FGTS—, pelo crescimento das despesas obrigatórias e pela forte retração da arrecadação de tributos.
Além do desequilíbrio das contas públicas, a alta do endividamento foi reforçada pela elevação da inflação, dos juros e do dólar sobre a conta de juros do governo.
No ano passado, R$ 501,8 bilhões em juros foram acrescidos à dívida principal.
Em relação a dezembro de 2014, a dívida pública teve uma alta de nove pontos percentuais como proporção do PIB, a maior elevação da série do Banco Central, que tem início em dezembro de 2006 pela metodologia atual.
Em termos nominais, o endividamento passou de R$ 3,252 trilhões para R$ 3,928 trilhões.