É triste lembrar a origem do 8 de março, dia em que rendemos, mais especialmente, homenagem à mulher; ao mesmo tempo, enche-nos de orgulho e admiração lembrar a luta da mulher ao longo dos tempos, por seus direitos, sua cidadania e igualdade.
A mulher sempre foi guerreira. Enfrenta, vai à luta, recua quando sente que não é possível insistir e retoma, revigorada. O resultado dessa força são as conquistas alcançadas ao longo dos anos: a liberdade, o direito de votar e ser eleita, a participação política e social, a ocupação de espaços antes ocupados estritamente por homens.
O incêndio na fábrica de tecidos em Nova Iorque ceifou cerca de 130 vidas, mas não apagou o desejo, a verdade, o direito. As reivindicações eram as mesmas de hoje: melhores condições de trabalho, redução da carga diária de trabalho para dez horas, equiparação de salários com os homens (elas chegavam a receber até um terço do salário de um homem, para executar o mesmo tipo de trabalho) e tratamento digno dentro do ambiente de trabalho.
Hoje, as reivindicações são ainda maiores e a mulher avançou na sua luta e ganhou reconhecimento. Na maioria dos países, há conferências, debates e eventos discutindo o papel da mulher na sociedade atual e num esforço contínuo para tentar diminuir e acabar com o preconceito e a desvalorização da mulher, pois, mesmo com todos os avanços, elas ainda sofrem com salários baixos, violência, jornada excessiva de trabalho, desvantagens na carreira profissional. A história precisa continuar sendo modificada.
E nós, homens, estamos juntos com as mulheres nesta luta. Neste ano em que o Sindicato comemora 80 anos de existência, rendemos nossa homenagem às mulheres de todos os tempos, em especial à mulher metalúrgica que, ao longo desses 80 anos, com garra e persistência, contribuiu e continua contribuindo para fortalecer as ações deste Sindicato e ampliar suas conquistas e representatividade.