A Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) disse ontem que no último trimestre do ano passado a parcela de trabalhadores empregados nas economias avançadas finalmente retornou aos níveis pré-crise global.
A taxa de emprego teve uma forte queda após a eclosão da crise financeira de 2008, atingindo o ponto mais baixo no fim de 2010. Desde então vem gradualmente subindo, ainda que de maneira lenta.
No fim do ano passado, a taxa de emprego geral nos 34 países-membros da OCDE chegou a 66,5% da população com idade entre 15 e 64 anos, de volta ao ponto em que estava no segundo trimestre de 2008. A crise financeira explodiu no trimestre seguinte, com o colapso do banco Lehman Brothers.
Contudo, os números da OCDE também revelam grandes diferenças nos graus de recuperação das várias economias. Japão, Alemanha e Reino Unido já superaram as taxas de emprego pré-crise, enquanto os EUA e demais países da zona do euro ainda não superaram esse nível.
Os integrantes da zona do euro mais afetados pela crise da dívida soberana estão mais longe da recuperação do nível de emprego. A Grécia continua precisando recuperar mais de dez pontos percentuais (p.p.), tendo hoje quase metade da população economicamente ativa sem trabalho. Portugal está 4 p.p. e a Espanha, mais de 6 p.p. abaixo do patamar de 2008.