Prioridade é manter os empregos, pois é o trabalhador que faz girar o consumo e a economia
Manifestação realizada em Mogi das Cruzes nesta 2ª feira (8) marcou o início da Semana de Luta pelo Emprego e Contra Demissões, que reuniu cerca de 1.300 trabalhadores de várias empresas. Diretores e assessores do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi foram cedo para as portas de fábricas chamar os trabalhadores para o ato.
O presidente do Sindicato e da Força Sindical, Miguel Torres, disse que a prioridade é manter os empregos, pois é o trabalhador empregado que mantém o consumo e a economia girando. “A onda de demissões chegou forte, mas não aceitamos demissões.” Segundo ele, o governo quer resolver a crise tirando direitos e o emprego dos trabalhadores. “Temos que ter reforma que não tire direitos e garanta os empregos. Vamos fazer com que as empresas negociem alternativas às demissões. Quem não negociar vai parar”, disse.
O deputado federal Paulinho da Força falou sobre a luta no Congresso contra as Medidas Provisórias (MPs) 664 e 665 do governo, que alteram o seguro-desemprego, abono salarial, pensão por morte, auxílio-doença e seguro-defeso. “O governo mantém o País em crise, e quer fazer um ajuste em cima dos trabalhadores. Não conseguimos impedir que as MPs fossem aprovadas, mas garantimos a aprovação da fórmula 85/95 como alternativa ao Fator Previdenciário. Se a Dilma vetar a emenda vamos lutar para derrubar o veto no Congresso. Por isto é importante a mobilização dos trabalhadores”, afirmou.
Essa mobilização, segundo Paulinho, é apenas o começo. “Temos que envolver os empresários para pressionar o governo, que está com uma política errada de aumentar juros, reduzir o crédito e o consumo, e está parando o Brasil”.