Depois da manifestação pelo fim do Fator Previdenciário e pelo reajuste da tabela do Imposto de Renda (IR) da pessoa física, realizada 20 dias atrás, a Força Sindical e as demais centrais promoveram em 26 de novembro um protesto contra o aumento da taxa de juros, em Brasília.
Em frente o prédio do Banco Central, mais de 3 mil trabalhadores de sindicatos filiados à Força Sindical repudiaram e mostraram-se indignados com a política econômica impopular do governo federal que prioriza o reajuste da taxa Selic para combater a inflação.
O governo precisa entender que existem outras maneiras de reduzir a inflação, além da adotada hoje. Esta política de juros altos só prejudica o setor produtivo, o comércio e a geração de postos de trabalho dignos.
A preocupação do movimento sindical é que esta nova alta poderá atrapalhar ainda mais o comércio no fim de ano, causando estagnação na produção e na criação de empregos.
Caso a presidente Dilma Rousseff ouvisse os representantes dos trabalhadores, saberia que temos propostas para desenvolver o País. São propostas que constam da ‘Agenda da Classe Trabalhador’ aprovadas na Conclat de 2010.
Combinam crescimento econômico com desenvolvimento social, valorização do trabalho e inflação baixa. Caminhar nesta direção requer uma economia marcada pelo controle da inflação, pela geração de renda e de emprego, por ganhos de produtividade e pelo aumento do investimento.
Reivindicamos crescimento com distribuição de renda e fortalecimento do mercado interno, valorização do trabalho decente, o Estado como indutor do desenvolvimento socioeconômico, direitos sindicais e negociação coletiva, entre outros pleitos.
Miguel Torres
Presidente da Força Sindical e do Sindicato