As empresas da construção civil pesada de São Paulo demitiram 12,5 mil pessoas no ano passado, segundo o Sinicesp (sindicado do setor).
A perda de vagas é 50% maior que a do ano retrasado, quando foram desligados 8.300 trabalhadores.
Os nove últimos meses de 2016 tiveram mais demissões que admissões -em 2015, o saldo negativo havia acontecido nos quatro meses finais.
Em dezembro, foram fechados quase 4.000 postos.
As quedas tem ocorrido com uma velocidade cada vez maior porque não há novas obras, diz José Carlos Martins, presidente da Cbic (câmara da indústria da construção).
“Em outros setores, como o de automóveis, o ritmo de vendas cai, mas ainda há empregados. Em uma obra, se não tem reposição, manda-se todo mundo embora.”
O setor de infraestrutura é sustentando por recursos federais, e mesmo que o Estado não esteja em uma crise fiscal como a do Rio de Janeiro ou a do Rio Grande do Sul, as construções também são afetadas, segundo Martins.
A previsão é que as demissões no setor sigam em 2017.