Emprego na indústria fecha 2015 em queda de 6,2%, a maior da história

Maiores baixas partiram de meios de transporte e eletroeletrônicos.
Em dezembro, em relação ao mesmo período de 2014, recuo foi de 7,9%.

O emprego na indústria fechou 2015 em queda de 6,2%, a maior desde o início da série histórica do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que teve início em 2002.

Em dezembro, na comparação com o mês anterior, a queda foi mais branda, de 0,6%. No entanto, frente a dezembro de 2014, o tombo foi de 7,9%, o 51º resultado negativo seguido e o maior desde o início da série histórica.

No ano, todos os ramos da indústria registraram queda no emprego. As maiores baixas partiram dos segmentos de meios de transporte (-11,4%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-13,9%), produtos de metal (-10,7%), máquinas e equipamentos (-8,3%).

No início de fevereiro, o IBGE mostrou que a produção da indústria brasileira encerrou o ano passado com queda acumulada de 8,3%. Foi o maior recuo da série, nesse caso, iniciada em 2003.

Na comparação com novembro, a atividade fabril sofreu redução de 0,7% e diante de dezembro do ano anterior, de 11,9%.

Horas pagas
Em 2015, o número de horas pagas na indústria teve queda 6,7%, a maior desde 2002, segundo a pesquisa. Os 18 setores analisados tiveram redução, mas as maiores influências partiram de meios de transporte (-12,4%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-13,5%), produtos de metal (-11,0%) e de máquinas e equipamentos (-8,6%).

Rendimentos
O valor da folha de pagamento real sofreu redução de 7,9%, a mais intensa desde 2002. Nesse caso, a queda também foi generalizada, mas o que mais puxou o resultado negativo foram os desempenhos dos ramos de meios de transporte (-13,4%), máquinas e equipamentos (-8,1%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-12,8%), alimentos e bebidas (-4,1%), produtos de metal (-12,3%) e metalurgia básica (-11,0%).

Última vez
Esta é a última divulgação da Pesquisa Industrial Mensal de Emprego e Salário, segundo informou o IBGE. “Os progressivos ganhos de qualidade na base de dados do CAGED e a implantação da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua reduziram de forma muito substantiva a relevância das informações obtidas a partir da PIMES e levaram o IBGE à decisão de sua interrupção.”