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Evento lembra vítimas de acidentes de trabalho

Cerca de 200 pessoas, entre trabalhadores, cipeiros e técnicos de segurança do trabalho, foram recepcionados nesta quinta-feira, 26 de abril, na sede do nosso Sindicato para iniciar a participação da categoria metalúrgica no “Seminário sobre o Dia Mundial em Memória das Vítimas de Acidentes e Doenças do Trabalho”. 

Em nome do presidente Miguel Torres, o secretário-geral Arakém agradeceu a expressiva presença e disse que o momento é “oportuno para uma reflexão sobre os índices de acidentes e doenças do trabalho que afetam os trabalhadores e suas famílias”.

Luisinho, diretor responsável pelo Departamento de Saúde e Segurança do Trabalhador do Sindicato, disse que esta questão é tratada com muita seriedade pelo Sindicato. “Este é um dia de reflexão sobre o que todos devemos fazer para melhorar os ambientes de trabalho e acabar com as doenças profissionais e os acidentes”.

A diretora de finanças Elza Pereira, os diretores Edson, Roberto Sargento, Leninha, Xepa, Lourival e Valentim e o coordenador Ninja ressaltaram a necessidade de haver prevenção nas empresas e valorização dos cipeiros.

Jaélcio Santana

Diretor Luisinho fala aos participantes da categoria metalúrgica na sede do Sindicato

Após a abertura do evento, os metalúrgicos seguiram em passeata até o Sindsaudesp, na rua Tamandaré, 393, que fica próximo ao Sindicato dos Metalúrgicos, para juntar-se a trabalhadores de outras categorias filiadas à Força Sindical e participar do “Seminário sobre o Dia Mundial em Memória das Vítimas de Acidentes e Doenças do Trabalho”.


Diretora de finanças Elza

Secretário-geral Arakém

Manifestantes na saída da passeata

Protesto contra os acidentes e mortes

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Seminário

O evento ocorreu na sede do Sindicato dos Trabalhadores da Saúde, Sindsaudesp, que representa a categoria mais atingida por acidentes de trabalho no País, e teve como apresentador dos trabalhos o sindicalista Edson Bicalho, secretário-geral da Fequimfar (Federação dos Químicos SP).

“Atos como este servem para chamar a atenção dos trabalhadores e dirigentes sindicais para que fiquem mais conscientes sobre a necessidade de lutar por medidas dentro das empresas que protejam a vida. Se o trabalhador não tiver saúde não tem emprego, nem salário”, declarou  Arnaldo Gonçalves, secretário nacional de Saúde e Segurança no Trabalho da Força Sindical.

Danilo Pereira da Silva, presidente da Força Sindical SP, afirmou que a saúde não é tratada como prioridade se comparado com os salários e com a PLR (Participação nos Lucros ou Resultados). “Manifestações como esta, apesar de feitas somente uma vez por ano, servem para fazer os dirigentes inserirem o tema em suas pautas de trabalho e lutarem por ela diariamente”, destacou.

“Temos um planejamento”, explicou João Donizete Scaboli, secretário de Saúde da Força Sindical SP, sobre a união da Força estadual e nacional para atuar na área da saúde. “Nosso objetivo”, afirmou, “é qualificar os dirigentes nesta área. Ainda falta muito a fazer. Cabe ao sindicato capacitar os dirigentes, fiscalizar e buscar melhores condições de vida para os trabalhadores. Devemos lutar ainda por avanços nas convenções coletivas e comissões tripartites municipais, estaduais, nacional e internacional”.

Scaboli lembrou que os trabalhadores realizaram  no dia 4, uma manifestação contra a desindustrialização do País, na luta pela produção e emprego. “Mas, é preciso tomar medidas para ter empregos de qualidade,  para que os trabalhadores não venham sofrer acidentes, ou morram por doenças profissionais ou doenças recorrentes no ambiente do trabalho – as chamadas doenças profissionais”, disse.

Acidente silencioso

“Vamos fazer ações mais fortes para acabar com estes acidentes”, disse Joaquim José da Silva Filho, secretário-geral do Sindsaúde de São Paulo. Segundo ele, “uma picada de agulha que atinge um profissional da área de saúde é igual ao acidente de um trabalhador da construção civil que despenca de um prédio. A diferença é que o acidente do trabalhador da saúde é silencioso, quase invisível e do outro, da construção civil,  mais visível”, explicou.

Para José Souza e Silva, vice-presidente do Sindsaúde, hoje o acidente de trabalho mata mais que a AIDS ou acidente de trânsito.  Tanto Joaquim como José Souza reivindicam a aprovação do projeto que estabelece jornada semanal de trabalho de 30 horas, que está no Congresso Nacional.

“São 700 mil acidentes e três mil mortes por ano no Brasil”, informou Gilberto Almazan, diretor dos metalúrgicos de Osasco e diretor do Diesat (Departamento Intersindical de Estudos e Pesquisas de Saúde e dos Ambientes de Trabalho).  No entanto, estes números estão subnotificados. Por exemplo, uma picada de agulha não é notificada porque se avalia que não terá conseqüências na saúde do trabalhador.

Antonio de Sousa Ramalho, presidente do Sintracon-sp, propôs dar um grande abraço no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) para chamar a atenção das autoridades. “São gastos R$ 50 bilhões por ano com acidentes”, ressaltou.

Governo SP

O secretário estadual do Trabalho SP, Carlos Andreu Ortiz, informou que solicitou ao governador Geraldo Alckmin a qualificação dos trabalhadores, incluindo tambéma qualificação na saúde e segurança no trabalho.

Marco Antonio Ribeiro, presidente do Sintesp (Técnicos Segurança no Trabalho) de SP,  declarou que todos devem se indignar com as mortes por acidentes de trabalho e incluir na pauta de negociação com os patrões, medidas para evitar que estas mortes ocorram.

Aída Cristina Becker, coordenadora da Comissão da NR12, disse que o movimento sindical é a mola propulsora para levar adiante as medidas nesta área.

Já  Luis Carlos de Oliveira, Luisinho, diretor do Sindicato dos Metalúrgicos SP,  enfatizou o compromisso de sua categoria com a bandeira de saúde e segurança do trabalho e observou que a adesão dos sindicalistas a esta luta vem crescendo na Central.

O ato contou com a participação da presidente do Sindicato das Enfermeiras do Pará, Antonia Trindade, que também é secretária da Saúde da Força Sindical daquele estado, defendeu a necessidade de a Central realizar uma campanha, em âmbito nacional, voltada para a saúde do trabalhador. “No Pará, os enfermeiros ganham em média R$ 2 mil e trabalham 44 horas por semana. Defendemos o projeto da jornada semanal de 30 horas”, destacou.

O vereador Claudio Prado (PDT-SP) considerou importante refletir sobre os acidentes de trabalho. “Os recursos gastos com acidentes poderiam ser usados para melhorar o SUS”, falou.

Fonte: Assessorias de Imprensa da Força Sindical e do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo