No último dia 30, em reunião com dirigentes sindicais da Força e das demais Centrais Sindicais, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), acatou o pedido dos sindicalistas para adiar a votação do veto ao cálculo do Fator Previdenciário inserido pelo Congresso Nacional na Medida Provisória (MP) 664, de 2015, aprovada em plenário no final do mês de maio.
Segundo os representantes dos trabalhadores, o veto ainda é um instrumento de negociação caso a Medida Provisória 676, deste ano, publicada em 18 de junho, não avance com as mudanças sugeridas na Câmara dos Deputados. “O veto representa um fundo de garantia para os trabalhadores. Se as negociações da MP 676 não avançarem, vamos trabalhar para derrubar o veto que tem a fórmula 85/95”, explicou o presidente da Força Sindical, Miguel Torres.
Os sindicalistas temem que o veto seja votado e mantido pelos parlamentares, e, depois, o governo não avance nas negociações sobre a MP, deixando que ela perca a validade por decurso de prazo. A presidenta Dilma vetou, na MP 664/15, a regra 85/95, que considerava a soma da idade e do tempo de contribuição – 85 para mulheres e 95 para homens. Em seguida, manteve a fórmula na MP 676/15, aumentando em um ponto a partir de 2017. Em 2022, a fórmula chegaria a 90/100.
Na reunião, o deputado Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força (Solidariedade-SP), entregou ao presidente do Senado um documento mostrando o impacto de uma mudança feita por ele na MP 676/15. O deputado inseriu no texto da MP um reajuste para as aposentadorias no mesmo valor que o do salário mínimo. “Precisamos do seu apoio aqui no Senado”, solicitou Paulinho ao senador.