Força Sindical defende fim do fator previdenciário nesta 3ª

Paulo Sérgio de Souza

A Força Sindical vai promover nesta terça, dia 3, no Congresso Nacional, uma manifestação pela aprovação do fim do fator previdenciário. Dirigentes de todos os sindicatos e federações filiadas da central foram convocados a participar da votação do projeto que acaba com o fator. Eles vão se reunir às 11h no Salão Verde do Congresso.

Pelo Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo estarão presentes o presidente Miguel Torres, também presidente da CNTM e presidente em exercício da Força Sindical, o secretário-geral Arakém, a diretora financeira Elza, os diretores Campos, Tadeu Morais, Teco, Maloca, Lourival, Carlão, José Luiz, David Martins, Ceará, Luisinho, Valdir Pereira, Jefferson e Adnaldo.

Aposentados
O Sindicato Nacional dos Aposentados da Força Sindical também estará em Brasília nesta terça-feira, realizando um ato religioso, às 15h, no Salão Verde, com objetivo de chamar a atenção do governo e do Congresso Nacional sobre a necessidade de votar o fim do fator previdenciário.

O Fator
O fator achata o valor das aposentadorias. O projeto de Lei que está na Câmara prevê a substituição do fator pela fórmula 85/95 (soma do tempo de contribuição com a idade) e não teria redução de média salarial, usada com base para o cálculo do benefício. Para mulheres, a soma seria 85, e, para homens, 95.

Criado em 1999, o fator previdenciário leva em conta a idade do trabalhador na hora de aposentar e a expectativa de vida do beneficiário. Quanto menor for a idade no momento da aposentaria, menor será o valor benefício a ser recebido, uma vez que há a expectativa de que esta pessoa passe mais tempo recebendo recursos do INSS.

A proposta 85/95, defendida pelo movimento sindical, estabelece a concessão do benefício integral a quem, na soma da idade com o tempo de contribuição, alcançar o índice 85 (para a mulher) e 95 (para o homem).

A proposta prevê também que a aposentadoria seja calculada com base na média dos últimos 36 salários de contribuição, apurados em período não superior a 48 meses.

“Esta fórmula foi desenvolvida em muitas reuniões realizadas com representantes de vários setores, especialmente da Previdência Social, porque o governo exige uma alternativa para acabar com o Fator Previdenciário. Foram inúmeros debates em Sindicatos de trabalhadores, Centrais Sindicais, no Congresso Nacional e nas reuniões com o governo”, lembra Miguel Torres.