A Força Sindical, o Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e outros sindicatos filiados à Central fizeram nesta quinta-feira uma manifestação em frente à sede da Petrobras, na Avenida Paulista, de apoio à greve dos caminhoneiros, que lutam pela redução nos preços do diesel e demais combustíveis, e pela redução do preço do gás.
Miguel Torres, presidente do Sindicato e da CNTM e vice-presidente da Força Sindical, disse que a luta não é só contra a política de reajuste dos combustíveis e o alto preço do gás, mas contra toda a política do governo, “de reformas, venda da Embraer, da Petrobras, da Eletrobras. A greve dos caminhoneiros é parte de tudo o que este governo está fazendo de errado, incluindo a reforma trabalhista, que não gerou empregos. Dia após dia estamos vendo os erros desse governo contra a população e o País. A resposta vai ser dada nas eleições, com a sociedade votando e trocando quem não tem compromisso com o Brasil”, afirmou.
Durante o ato, os dirigentes improvisaram um fogão a lenha na calçada para mostrar como muitas famílias estão voltando a cozinhar, por falta de condições de comprar o produto que está custando mais de 70,00.
O protesto reuniu dirigentes do Conlutas, da UGT, movimento de Juventude, do Sindicato do Transporte de Cargas Secas, dos petroleiros da CUT, que criticaram o presidente da Petrobras, Pedro Parente, e o chamaram de “presidente do apagão”.
O secretário-geral da Força, João Carlos Gonçalves, Juruna, disse que “a greve (dos caminhoneiros) mostrou a importância de a sociedade dizer NÃO e exigir mudanças na política do governo”.
Zé Maria, do Conlutas, defendeu uma paralisação de norte a sul do País, não só para atender os caminhoneiros, mas as reivindicações de toda a classe trabalhadora”.
Os dirigentes petroleiros disseram que o governo está importando petróleo, reduziu a produção nas refinarias e que a intenção é abrir o refino para o capital estrangeiro, por isso o preço dos combustíveis é flutuante e os aumentos diários.
Miguel Torres disse que a sociedade precisa aprofundar este debate e cobrar uma solução que beneficie a população.