Ato será amanhã, às 10 horas, em frente ao edifício do Banco Central, na Avenida Paulista
Amanhã, dia 31, o Copom (Comitê de Política Monetária) divulgará a taxa básica de juros, Selic – hoje em 11,25% ao ano –, que irá vigorar durante os próximos 45 dias. Nesta mesma data, às 10 horas, a Força Sindical fará um ato pela redução dos juros em frente ao Banco Central, em São Paulo, na Avenida Paulista.
A decisão será tomada em um momento crucial para o País, que enfrenta uma grave crise econômica e política. O pior é que o estopim aconteceu quando a economia começava a dar sinais de melhora. “As atenções estarão voltadas para o Copom. Todos querem saber o quanto a crise influenciará na definição da Selic”, diz Paulo Pereira da Silva, Paulinho, presidente da Força Sindical. Para ele é preciso serenidade neste momento e olhar mais para a situação dos brasileiros.
“Queremos uma redução drástica na taxa porque o País precisa andar, a economia precisa voltar a crescer com rapidez para aumentar a demanda e, consequentemente, a produção, para aumentar a geração de empregos”, destaca Paulinho.
João Carlos Gonçalves, Juruna, secretário-geral da Central, observa que “embora não possamos ignorar os reflexos da crise política nos diversos setores da vida nacional, neste momento é preciso bom senso e pesar o que é prioritário para os brasileiros, ou seja, é preciso, urgentemente, implantar medidas que contribuam para a geração de emprego”.
Para a Força Sindical um dos grandes entraves para o crescimento da economia são os juros altos, que engessam os negócios, fazem com que as empresas percam a capacidade de investimento e a economia siga o caminho que hoje conhecemos: o da redução na produção e na geração de empregos. Quando não há emprego não há consumo.
Nossa expectativa é uma redução dos juros a níveis adequados para possibilitar o crescimento da economia. Em sete meses, a Selic caiu de 14,25% para 11,25%, mas é preciso mais. “Vamos continuar pressionando para uma redução drástica nos juros porque precisamos de empregos. Os mais de 14 milhões de desempregados não podem esperar mais. Consideramos que, por mais grave que seja a crise política, a prioridade é olhar para o povo brasileiro. Queremos um País justo, com distribuição de renda. Uma vida digna passa essencialmente pelo emprego”, afirma Juruna.