Brasil tem uma das maiores incidências de mulheres assassinadas
O Fórum Nacional de Mulheres Trabalhadoras das Centrais Sindicais (formado por Força Sindical, CTB, CGTB, UGT e NCST) realizou na tarde desta segunda-feira, dia 10, o Seminário: “CPMI de Enfrentamento a violência contra a mulher e seus resultados”.
O evento realizado no Sindicato dos Engenheiros do Estado de São Paulo, contou com a presença de centenas de pessoas que lotaram o Auditório do Sindicato para analisar e debater os resultados da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito e elaborar estratégias eficientes de enfrentamento à violência contra as mulheres, segundo a Secretária Nacional de Políticas das Mulheres da Força Sindical, Maria Auxiliadora.
Auxiliadora ressaltou que é muito importante a participação de mulheres e homens nos debates realizados para fortalecer a luta pelos direitos de todas a mulheres no país. “Nós mulheres da centrais precisamos nos unir, mas também trazer os homens para esta luta. Queremos justiça social e igualdade de direitos e principalmente a erradicação da violência contra as mulheres”.
Maria Euzilene Nogueria (Leninha), diretora do Sindicato dos Metalúrgicos SP, esteve no evento e compôs a mesa de abertura representando o presidente da Central. A sindicalista ressaltou que é muito gratificante a participar de um evento onde a unidade de ação do movimento sindical é determinante para fortalecer a luta das mulheres pelo fim da violência contra as mulheres que acontecem todos os dias.
A deputada federal Keiko Ota, que é vice-presidente da CPMI de Enfrentamento a violência contra a mulher, relatou alguns pontos importantes sobre o trabalho realizado ao longo deste ano entre os quais, que o Brasil ocupa o 7º lugar em números de assassinatos de mulheres em função da violência doméstica.
“O foco do trabalho desta CPMI não é somente acabar com as mortes, mas com qualquer tipo de violência que ocorre contra as mulheres”, enfatizou a deputada que “um dos principais motivos pelo aumento da violência contra as mulheres é o medo das vitimas em denunciar os seus agressores”.
Keiko alertou a todos que participavam deste Seminário que é preciso elaborar medidas para que as mulheres possam levar às autoridades propostas para não só combater a violência, mas para prevenir e proteger as mulheres e punir rigorosamente os seus agressores.