Fórum Social Mundial da Biodiversidade 2015 debate a transição justa e o trabalho decente

FONTE: Osmir Medeiros

O mundo do trabalho esteve no foco dos debates nesta quarta-feira, 28, no Fórum Social Mundial da Biodiversidade 2015, que acontece em Manaus, no Centro de Convenções do Amazonas Vasco Vasques e outros espaços. “Trabalho decente e transição justa: Meio ambiente sob a perspectiva sindical”, foi o tema que mobilizou sindicalistas, militantes de movimentos sociais, educadores e gestores públicos para uma troca de experiências e opiniões fundamental na busca de novos rumos e soluções para questões como as condições de exploração em que vivem os povos da floresta, as alternativas para os trabalhadores de segmentos afetados pela redução de vagas e a importância da mulher na construção de um novo contexto social, mais humano e justo para todos.

O painel de debatedores foi composto por Kamila Amaral – secretária estadual de Desenvolvimento Sustentável do Amazonas, Amyra El Khalili – economista e ativista da Aliança Eco, Ruth Coelho – secretária nacional de Cidadania e Direitos Humanos da Força Sindical, Cícero Pereira da Silva – secretário adjunto de Integração para as Américas da União Geral de Trabalhadores (UGT), e Sebastião Soares – diretor nacional de Formação da Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST), que também atuou como coordenador da plenária.

Centrais sindicais fazem parceria para apoiar grupo de catadores

A Cooperativa de Catadores de Materiais Recicláveis de Manacapuru, município que faz parte da Região Metropolitana de Manaus, é um exemplo de que o papel do sindicalismo na luta pela melhoria das condições de trabalho vai muito além da ação junto às categorias formalizadas, e de que o interesse do trabalhador deve estar sempre acima das disputas entre as organizações sindicais. Graças à parceria com a Força Sindical Amazonas (FS-AM), Nova Central Sindical de Trabalhadores no Amazonas e Roraima (NCST-AM/RR) e União Geral de Trabalhadores – Amazonas (UGT-AM), a entidade evoluiu bastante nos últimos três anos e hoje, além de garantir o sustento de mais de 70 famílias, desenvolve um trabalho essencial para a limpeza e preservação ambiental no município.

“Com o apoio, a orientação e o peso político das centrais nós já fizemos e conseguimos muitas coisas. Saímos dos lixões e das péssimas condições de vida para um trabalho decente, organizado, que traz resultados e nos permite sustentar nossas famílias com dignidade”, diz Fulana de Fulana, presidente da Cooperativa.