O Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo (filiado à Força Sindical) tem atuado permanentemente em fábricas da base, visando garantir empregos – entidade está concluindo balanço parcial, com os resultados. Para Miguel Torres, presidente do Sindicato e da Confederação da categoria (CNTM), garantir empregos passou a ser prioridade máxima.
As tratativas e acordos variam por empresa. “Temos poucos acordos de PPE. Mas há uma variedade de soluções, como lay-off, férias coletivas, licença remunerada e outras”, diz Miguel. Segundo o dirigente, o desemprego leva temor aos trabalhadores. “Quando o Sindicato chega, é sinal de que existe algum problema a ser enfrentado. A ameaça de desemprego aflige o trabalhador. Os companheiros estão conscientes do risco e apoiam as negociações”, diz.
Como o problema não é só em São Paulo, Sindicatos e CNTM têm realizado ações em outras bases, como São Caetano do Sul, onde o acordo deve segurar por mais um mês os empregos na montadora GM. “Mas temos atuado também em Gravataí, Curitiba, Catalão e outras cidades”, conta o sindicalista, para quem o segmento metalúrgico está entrosado nessa luta.
A mobilização já chega a outros setores. “O desemprego começou na indústria, mas já afeta outros segmentos, como o de serviços”, conta, indicando que, aí, a ação pró-emprego fica a cargo da Central.
Crescer – A luta defensiva vai até certo ponto, mas se esgota. Por isso, Miguel Torres reafirma a necessidade da retomada do crescimento econômico. “Nas reuniões com setores do empresariado, no Fórum Tripartite e no Conselhão, nós nos empenhamos pra superar a agenda da crise e adotar a agenda da solução”. Miguel volta a cobrar do governo respostas aos sete pontos do documento “Compromisso pelo Desenvolvimento”. Avalia que se avançou pouco. “Só a MP que aperfeiçoa a leniência é insuficiente”, comenta.
Conselhão – Miguel Torres integra o Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, que se reuniu em Brasília ontem (3). Antes da reunião formal, a bancada sindical definiu focar a discussão na retomada do crescimento. A Agência Sindical repercutirá o que foi encaminhado por meio do Conselho, que conta com 92 representantes, de todos os setores sociais.